A Klabin está garantindo o abastecimento de sua nova fábrica de papel, a Puma, nos Campos Gerais. A empresa comprou uma floresta de 14 mil hectares de eucaliptos em São Paulo. O valor do investimento será de R$ 400 milhões nos próximos quatro anos. A Klabin está investindo pesado no Paraná. Em maio último, a empresa anunciou que vai investir R$ 9,1 bilhões nesta nova planta em Ortigueira até 2023. Além das obras próprias de infraestrutura, a Klabin fez uma parceria com o Estado para ampliar a capacidade da PR-160.
Recorde de ovos
A produção de ovos no Brasil bateu mais um recorde e chegou a 964,89 milhões de dúzias no terceiro trimestre de 2019. A produção ficou 4,3% acima do apurado no mesmo período de 2018 e 0,7% acima do segundo trimestre, segundo a Estatística da Produção Pecuária, divulgada nesta sexta,12, pelo IBGE.
Boas notícias
A pesquisa mostrou também que quase todas as principais atividades da pecuária tiveram crescimento em relação ao terceiro trimestre de 2018, com altas no abate de bovinos (2,1%), suínos (0,9%) e frangos (3,1%), bem como na aquisição de leite (0,6%). "O terceiro trimestre de 2018 foi atípico, porque foi o período após a greve dos caminhoneiros, em que houve a retomada das atividades", afirmou o pesquisador do IBGE Bernardo Viscardi.
Produção em alta
O documento elaborado pelo IBGE apontou crescimento de 7% no abate de bovinos em relação ao segundo trimestre, além da alta em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação ao segundo trimestre, toda a produção pecuária teve acréscimo significativo: 2,7% no abate de suínos, 3,3% no de frangos, 2,4% na aquisição de couro e 7,5% na aquisição de leite cru, sendo que este último também marcou um recorde neste trimestre.
Ração animal
Com a alta na produção, o setor de ração também cresceu. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, a produção avançou 3% nos nove primeiros meses do ano ante o mesmo período de 2018, atingindo 52,8 milhões de toneladas de rações. O setor deve fechar o ano com resultado ainda melhor, de 3,5%.
Soja
O Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual da Agricultura, em seu relatório semanal, estimou que o plantio de soja foi concluído nos 5,488 milhões de hectares da safra 2019/20. De acordo com o Deral, 83% das lavouras estão em boas condições. A produção da safra de soja 2019/20 pode chegar a 19,815 milhões de toneladas, contra 16,164 milhões de toneladas da safra anterior – alta de 23%. A produtividade média foi estimada em 3.610 quilos por hectare, acima dos 2.967 quilos registrados na última safra.
Crédito na praça
O valor das contratações das operações de crédito rural nos quatro primeiros meses da safra 2019/2020 (julho a outubro) foi de R$ 93,5 bilhões, representando alta de 6% na comparação com a safra passada (2018/2019). As operações de custeio somaram R$ 54,1 bilhões (+ 5%), investimento, R$ 23,2 bilhões (+16%), comercialização, R$ 9,9 bilhões (-22%) e as de industrialização, R$ 6,1 bilhões (+61%).
Financiamentos
Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2019/2020, divulgado pelo Ministério da Agricultura, com base nos dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro, do Banco Central.
Pronamp
As contratações de crédito rural pelos médios produtores, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, tiveram acentuado aumento na atual safra em relação à anterior, atingindo R$ 12,58 bilhões no custeio (+33%) e R$ 1,27 bilhão no investimento (+41%). Na agricultura familiar, esses financiamentos se situaram em R$ 7,97 bilhões no custeio (+12%) e R$ 6,69 bilhões (+25%) no investimento.
Seguro rural
O Programa de Seguro Rural aplicou neste ano R$ 440 milhões em subvenção ao prêmio do seguro, 18% a mais do que o valor executado no ano passado. Foram beneficiados 58 mil produtores rurais, proporcionando cobertura securitária para 6,9 milhões de hectares em todo o Brasil, aumento de 50% em relação a 2018. A importância segurada total foi de R$ 20 bilhões, maior valor nominal desde o início do programa em 2005. As culturas que tiveram maior demanda foram as de soja, milho (segunda safra), trigo, maçã e uva.
Startups
O Estado lançou dois projetos do BRDE voltados à inovação: o BRDE Labs e o Fip Anjo. O objetivo é apoiar, capacitar e aportar recursos a startups que desenvolverão soluções para diversas áreas, mas com foco principal no agronegócio. O processo de seleção das startups inicia em fevereiro de 2020, durante o Show Rural, em Cascavel. O programa terá duração de seis meses e não haverá custos para as empresas.
BRDE Labs
O BRDE Labs fará a seleção e aceleração de empresas startups, que desenvolvam soluções preferencialmente ao agronegócio, mas também empreendimentos voltados para a indústria 4.0 – IoT (Internet das Coisas), tecnologia da informação, energia, educação, saúde, logística e meio ambiente. A proposta é aproximar empresas inovadoras, academia e potenciais clientes, também levando a inovação ao interior do Estado.
Parceria da PUC
O programa será realizado em parceria com a Hot Milk, aceleradora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com apoio de cooperativas agroindustriais e clientes do BRDE. Após um processo de capacitação, startups consolidadas dentro da aceleradora poderão ter acesso a fundos de investimentos e linhas de créditos operadas pelo BRDE.
Toledo e Londrina
As startups selecionadas pelo BRDE Labs serão direcionadas para um dos dois hubs do programa, localizados em Toledo ou Londrina. Elas receberão capacitações em áreas como estratégia de vendas, relações-públicas e financeira, desenvolvimento de produtos.
Flip Anjo/BNDES
O outro projeto é o Fip Anjo, criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltado às startups e no qual o BRDE fez um aporte de R$ 15 milhões, que será destinado a empresas da região Sul. O objetivo do fundo é o aporte em empresas nascentes, sendo 40% delas com faturamento anual de até R$ 1 milhão. O restante será destinado a empresas com faturamento de até R$ 16 milhões. Deverão ser contempladas cerca de 150 empresas, sendo aproximadamente 100 startups na primeira etapa, com aportes entre R$ 100 mil e R$ 500 mil em cada uma.
Destaque do mel
O Paraná é o segundo maior produtor de mel do Brasil (atrás apenas do Rio Grande do Sul). Além da forte produção – 7,4 mil toneladas produzidas no Estado em 2018, segundo o Departamento de Economia Rural – o mel paranaense também é reconhecido pela qualidade, atestada com o registro de Indicação Geográfica concedido à produção de Ortigueira, nos Campos Gerais, e do Oeste do Estado.
Ortigueira pioneira
Ortigueira foi a primeira localidade a receber o registro por Dominação de Origem, em setembro de 2015. A região Oeste recebeu o registro de Indicação de Procedência em julho de 2017. O registro é concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial a determinadas regiões geográficas, conhecidas por suas características de qualidade do produto.
Da Redação ADI-PR Curitiba
Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br