“Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usar da Indulgência convosco, como de indulgência houver desusado par a com os outros.” (Cap.1O, Item 17)
Anseias pela vitória do bem, contudo, acende a luz da indulgência para fazê-lo com segurança. Todos nós, espíritos imperfeitos, ainda arraigados à evolução da Terra, reclamamos concurso e compaixão, uns dos outros, mas nem sempre sabemos por nós mesmos quando surgimos necessitados de semelhantes recursos. Em muitas circunstâncias, estamos cegos da reflexão, surdos do entendimento, paralíticos da sensibilidade e anestesiados na memória sem perceber o irmão da luta de ontem. Mostra-se hoje em plena abastança material, delirando na ambição desenfreada. Certo, aspiras a vê-lo recambiado ao próprio equilíbrio, a fim de que o dinheiro lhe sirva de instrumento à felicidade, no entanto, para isso, não comeces por censurar-lhe o procedimento. Usa a indulgência e renova-lhe o modo de pensar e de ser. O amigo escalou a evidência pública, fazendo-se verdugo em nome da autoridade. Queres garantir-lhe o reajuste para que o poder se lhe erija, em caminho de paz, entretanto, não te dês a isso, exibindo atitude condenatória. A jovem do teu convívio embriagou-se na ilusão, caindo em sucessivos abusos, a pretexto de mocidade. Justo suspires por reintegrá-la no harmonioso desenvolvimento das próprias faculdades situando a no rumo das experiências de natureza superior, todavia, por ajuda-la, não lhe reproves os sonhos. Usa a indulgência e ampara-lhe a meninice. O companheiro em provas amargas escorregou no desânimo e tombou em desespero. Claro que anelas para ele o retorno à tranquilidade, no entanto, não te entregues às críticas que lhe agravariam a irritação. Usa a indulgência e oferece-lhe apoio. O Próprio Criador espera as criaturas no transcurso do tempo tolerando-lhes as faltas, e encorajando-lhes as esperanças, embora lhes corrija todos os erros, através de leis eficientes e claras. Indiscutivelmente, ninguém constrói nada de bom, sem responsabilidade e disciplina, advertência e firmeza, mas é imperioso considerar que toda boa obra roga auxílio a fim de aperfeiçoar se. Pensa no bem e faze o bem, contudo, é preciso recordar que o bem exigido pela força da violência gera males inúmeros em torno e desaparece da área luminosa do bem para converter se no mal maior.
Retirado do “Livro da Esperança” – Autor Espiritual: Emmanuel – Psicografia de Francisco Cândido Xavier. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João cap. 8 v. 32.
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