“Jesus se acercava. principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa, porque pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.” (Cap. 25, Item 12)
Milhões de nós , os espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, somos almas enfermas de muitos séculos. Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. E basta uma ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma. Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão. Nas perturbações do egoísmo: “faze aos outros o que desejas que os outros te façam. “Nas convulsões da cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.” Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.” Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.” Na paralisia de espírito por falsa virtude “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.” Nos quistos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.” Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará. “Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.” Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.” Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.” Nós, as consciências que nós reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo: “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.” Sim, somos espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.
Retirado do “Livro da Esperança” – Autor Espiritual: Emmanuel – Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João cap. 8 v. 32.
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