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O Desafio de Manter Viva a Memória do Porto de Paranaguá

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Posicionado em local estratégico que atende plenamente às exigências do comércio global no século XXI, o porto em Paranaguá representa muito mais que um complexo logístico – é um elo entre passado e presente. 

Sua história, que antecede em séculos sua oficialização em 1935, remonta aos primórdios da colonização da região, quando os primeiros exploradores, atraídos pelo potencial estratégico do litoral paranaense, estabeleceram aqui um importante ponto de apoio para o desenvolvimento colonial.

Desde esses primeiros contatos no século XVI, o porto foi gradualmente se consolidando como um eixo vital para a economia regional e nacional. 

Hoje, enquanto mantém sua posição como um dos principais terminais portuários do país, o Porto de Paranaguá precisa preservar seu legado histórico. Mais que uma simples infraestrutura, ele se configura como um monumento vivo à capacidade de adaptação e progresso, guardando em seus cais e armazéns séculos de memórias que continuam a se renovar com cada novo navio que atraca em suas docas.

 O Porto de Paranaguá possui uma história rica e antiga, que vai muito além de sua oficialização como desenvolvido e moderno. Desde tempos remotos, sua evolução reflete a adaptação às demandas comerciais e sociais ao longo dos tempos.

No entanto, a trajetória do porto em Paranaguá revela que o mais antigo de seus ancoradouros não foi o “Porto do Gato”, mas sim o “Porto de N. Sra. do Rosário”, surgido entre 1560 e 1578, no período em que vicentinos e cananeus passaram a habitar as margens do atual rio Itiberê, ele era a principal via para as atividades comerciais do povoado em seus primórdios.

Com o passar dos séculos esse primitivo “Porto de N. Sra. do Rosário” foi avançando por toda a margem do rio, na direção de sua foz, com a construção de cais acostável para embarcações de maior porte, como navios de cabotagem, alcançando o antigo Largo do Glicério, hoje Largo Dr. Accioly.

Outros pequenos portos marcaram a história local, como o “Porto de Nhá Laurinda”, que no século XIX servia de ponto de apoio comercial na região rural e cuja memória permanece viva, e o “Porto dos Padres”, utilizado pelos jesuítas e envolto em lendas locais.

Assim, o Porto D. Pedro II consolida-se como um testemunho único da resistência e evolução: desde os modestos ancoradouros coloniais até o complexo logístico moderno, sua trajetória reflete não apenas o progresso técnico, mas a própria identidade paranaense. 

Almir Silvério da Silva 

Ref.: Morgenstern, Algacyr – Porto de Paranaguá, Contribuição à história. Período de 1648 a 1935. – Paranaguá – 1985

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