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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Nosso Porto é Paranaguá!

Ao celebrarmos neste dia 17 de março, os 89 anos de criação e instalação do “Porto Dom Pedro II” em nosso chão

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Ao celebrarmos neste dia 17 de março, os 89 anos de criação e instalação do “Porto Dom Pedro II” em nosso chão, em nossa querida Paranaguá, estamos marcando uma história que se confunde com a formação do território do próprio estado do Paraná.

As primeiras movimentações de carga que se tem notícia ocorreram no final do século XIX as margens do Rio Itiberê, exatamente na Praça “Rosa Andrade”, que também é conhecida como “Praça do Guincho”, em razão do guincho mecânico instalado naquela época, o que transformou aquele local, em um embarcadouro para cargas de pequenas embarcações. Naquele momento, nascia o Porto de Paranaguá.

Em 1872, um grupo de empresários receberam do governo imperial o direito da construção e exploração em nossa cidade de um porto. Eram eles: José Gonçalves Pêcego Júnior, Pedro Aloys Scherer e José da Silva Lemos, que acabaram sendo os precursores de um dos mais importantes Portos do Paraná e do país. O local era denominado Porto do Gato, e em 1873, a Câmara Municipal confere justa homenagem ao denominar o novo porto, de “D. Pedro II”, digno Imperador que de forma real colaborou com o desenvolvimento do nosso litoral, com a autorização para instalação de um Porto, um Farol de Navegação, o Farol das Conchas na Ilha do Mel, e adiante, com a instalação da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, que representava uma ligação que permitiria a integração do litoral com o planalto e principalmente o desenvolvimento da região e do estado ao permitir movimentar a produção de bens e riquezas em nosso país, isto no fim do século XIX.

Desde a “notícia” do ouro, no século XVII, que revestiu de importância o nosso território que se emancipou e virou cidade em 1648, nosso Porto, não só testemunhou, mas foi “engrenagem” fundamental para o crescimento e desenvolvimento não só do nosso Paraná, mas do Brasil, sem incorrermos no risco de cometermos qualquer ufanismo. Basta verificar, o que representou e representa na economia e desenvolvimento de nosso estado e país, através de sua movimentação durante os ciclos: da madeira, da erva-mate, do café, dos grãos durante quase nove décadas.

Por fim, tratar somente destes números superlativos na casa dos milhões de toneladas, milhões de “riquezas”, jamais podem ser separados do “suor” da “gente” de Paranaguá, trabalhadores da Administração do Porto, Estivadores, Conferentes, Vigias, Arrumadores, funções que hoje já não existem como os Consertadores e Ensacadores, que nas décadas de “60 e 70” do século passado, movimentavam de forma braçal as sacarias da produção de café entre outros gêneros.

Pela força do trabalho dessas pessoas, podemos afirmar que o movimento do Porto constitui parte fundamental da formação da nossa identidade.

Alessandro Pires Staniscia – Orador do IHGP

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