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Contribuição Estrangeira na História Natural do litoral paranaense

Muitos foram os pesquisadores e artistas de outros países que visitaram o Brasil e deixaram importantes contribuições científicas e culturais, como...

Muitos foram os pesquisadores e artistas de outros países que visitaram o Brasil e deixaram importantes contribuições científicas e culturais, como Saint-Hilaire, Martius, Spix, Von Ihering, entre outros. No litoral paranaense não poderia ser diferente.

Dentre estes visitantes podem ser citados Hans Staden, William Michaud, Julius Platzman e Reinhard Maack. Certamente, num estudo mais profundo, outros nomes serão encontrados, e isso pode ser objeto de estudo para os estudantes e pesquisadores do litoral paranaense. Nesse final de semana comentaremos sobre os dois primeiros.

Hans Staden nasceu na Alemanha, na cidade de Homberg. Quando jovem desejava ir à Índia, no entanto, aceitou vir ao Brasil como artilheiro. Veio duas vezes ao nosso País, primeiramente em Pernambuco, num navio Português, em 1548. Um ano depois embarcou em um navio espanhol preparado para uma viagem ao Rio da Prata, em busca de ouro, essa foi a sua segunda viagem ao Brasil, iniciada ainda em 1549. Nessa viagem é que esteve no litoral norte paranaense, sem ser essa a intenção (STADEN, 1557 – traduzido por BOJADSEN, reimpressão 2009).  Segundo MARTINS (1939), Hans Staden procurou abrigo em Superagüi, após o naufrágio da expedição espanhola, comandada por Dom Diogo de Senabria, com destino ao Rio da Prata. Contribuiu com um primeiro desenho da Baía de Paranaguá.

William Michaud era suíço, nascido em Vevey, em 21 de julho de 1829, participou da colonização suíça em Superagui. À época havia uma política de ocupação do território nacional, facilitado pelo governo imperial. William Michaud veio ao Brasil com a disposição de trabalhar no Rio de Janeiro numa fazenda que produzia bicho da seda, o que não deu certo, vindo, então a integrar a Colônia de Superagüi em 1852. Em 1854 casou com a brasileira Maria Custódia do Carmo, ou Custódia Américo. BOUTIN (2006), relata que tiveram três filhos, dois homens e uma mulher. Segundo LOPES (2009), não foi possível localizar o registro desse casamento em Paranaguá. Faleceu e foi enterrado em Superagüi em 1902, sendo até hoje conhecido por suas telas pintadas com inspiração na natureza, deixando excelentes registros sobre a flora, fauna e alguns costumes das comunidades locais. A maior parte de suas telas encontram-se no Museu de Vevey, como também no Museu Oscar Niemeyer e Museu Paranaense, em Curitiba.

 

Guadalupe Vivekananda Fabry

Presidente – IHGP

 

 

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