Deocir Gomes dos Santos, nascido em Serra Negra, Guaraqueçaba, em 11 de dezembro de 1966, foi um artista tipicamente caiçara que dedicou sua vida às artes plásticas. Seus pais, Aline Gomes dos Santos e Moacil Paula dos Santos (In Memoriam), tiveram quatro filhos, sendo Deocir o segundo mais velho. A família mudou-se para Paranaguá quando ele ainda era um bebê, estabelecendo-se na Vila Guarani e depois na Ilha dos Valadares.
Desde tenra idade, Deocir manifestou habilidades artísticas, sendo reconhecido por professores e colegas na Escola Cidália Rebello Gomes, na Ilha dos Valadares.
Seu talento artístico, segundo ele, foi primeiro por influência materna, contava que sua mãe construía utilitários quando viviam no sítio em Serra Negra, e pelo avô, fandangueiro na região.
Embora sua vida profissional tenha se desenrolado na área marítima por muitos anos, Deocir nunca abandonou os pincéis, até que, aos 30 anos, deu uma guinada em sua carreira, dedicando-se integralmente à pintura. Autodidata, utilizava técnicas como acrílico e óleo sobre tela, além de criar obras em relevo, com uma inclinação “mais para o realismo”, conforme ele mesmo descrevia. Amante da leitura, Deocir encontrava inspiração em livros sobre história da arte e biografias de artistas. Ele destacava Andersen, Rafael Lopes da Silva e Emir Roth, como “molas propulsoras” para seu trabalho.
Ao longo de sua vida, Deocir ministrou oficinas de pintura para a Prefeitura de Paranaguá e deu aulas na Associação de Moradores da Ilha dos Valadares, acumulando anos de experiência nesse campo. Suas obras, que retratam o universo parnanguara, guaraqueçabano e caiçara, foram expostas em quatro Salões de Arte em Paranaguá e ultrapassaram as fronteiras do Brasil, sendo colecionadas por admiradores no Japão, Argentina, Uruguai e Nova Zelândia
. Deocir Gomes faleceu na noite de 26 de outubro de 2024 aos 57 anos, e ficará conhecido por suas grandes obras retratando os pontos turísticos de Paranaguá e do litoral do Paraná. Ele deixou obras em locais importantes de Paranaguá, como na sede da Vigilância Sanitária, na Cedil, no Hospital Paranaguá e no Cartório de Registro de Nascimento.
Sua arte, rica em história e cultura litorânea, em cada traço, o consolidou eternamente como um “pintor tipicamente caiçara”.
Almir S. Silva um Cidadão Parnanguara Ref.: https://informativo-nossopixirum.blogspot.com acessado em 30/10/24
