Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

A CASA DE FUNDIÇÃO DE OURO DE PARANAGUÁ

Chegamos ao mês de julho, mês do aniversário de Paranaguá, portanto, o IHGP publicará durante este mês, incríveis histórias sobre a nossa cidade, como uma homenagem. Hoje vamos comentar sobre ...

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Chegamos ao mês de julho, mês do aniversário de Paranaguá, portanto, o IHGP publicará durante este mês, incríveis histórias sobre a nossa cidade, como uma homenagem. Hoje vamos comentar sobre as minas de ouro

As minas de Paranaguá tornaram-se uma das mais ricas do Brasil e as primeiras exploradas em nosso País. No entanto, não existia uma Casa de Fundição até meados do Século XVII. 

Naqueles tempos, os mineiros viam-se obrigados a apresentar o ouro extraído das lavras à Casa de Fundição de Iguape, onde era quintado, isto é, do qual era deduzida a quinta parte pertencente ao Rei. 

No ano de 1655, o povo de Paranaguá, levou ao Governador do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá, Administrador Geral das Minas do Sul do Brasil, a necessidade de criação na Vila de uma Oficina de Fundição de Ouro. O pedido foi aceito, e coube a Leodoro Ébano II, a circulação das barras do metal precioso da Casa de Fundição local.

Contando com o apoio dos seus Familiares que residiam no Rio de Janeiro, e com a decisiva colaboração da Companhia dos Índios Carijós das Minas, Leodoro Ébano II não cedeu, e o resultado do conflito fez ficar a nossa Casa de Fundição, subordinada à Provedoria de Santos. Segundo Vieira dos Santos, a Real Casa de Fundição dos Quintos do Ouro, estava situada à Rua do Colégio, onde se fundiam e quintavam o precioso metal extraído das Minas de Paranaguá, assim como das Minas de Curitiba, dos Campos Gerais e de São José dos Pinhais.

Obedecendo à ordem cronológica, foi ela a terceira que se instalou na costa do Brasil, sendo as duas primeiras localizadas no Rio de Janeiro e em Iguape, posteriormente na Bahia. 

A Casa de Fundição de Paranaguá, no ano de 1681, enviou à metrópole 6038 oitavas de ouro do Quinto Real. Em 1703, por ordem de Dom Álvaro da Silveira, a Casa de Fundição foi fechada, pois apresentava pouco rendimento. El Rei de Portugal, não aceitou o fechamento da Casa de Fundição e, no ano de 1722, mandou reabri-la, medida aliás muito acertada, pois se recolheu 30 oitavas de ouro depois da sua restauração, cuja renda, provavelmente, seria aumentada no futuro, havendo maior concorrência de mineiros. Cessou de funcionar quando entrou em vigor o Sistema de Captação e de Comutação dos Quintos Reais, que o notável Jesuíta e Diplomata Santista, Alexandre de Gusmão, concebera e propusera à Coroa. 

Com esse novo Sistema, a Velha Casa de Moeda e Estabelecimento Fiscal tiveram seu desfecho final com o descobrimento das Minas Gerais. Assim, a Casa de Fundição, foi se tornando aos poucos inútil, acabando por fechar as portas para sempre.

Sonia Machado

Historiadora

Diretora Secretária do IHGP

Referências

VIANA, M. Paranaguá, na História e na Tradição. Pág. 27 a 29.

Coisas Nossas. Vol. 1, Paranaguá, Julho, 1966. Página Escrita por Ermelino Agostinho de Leão – 42 a 44, no dia 25/02/1944.

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