Fábio Campana

Fabio Campana

Há sinais ruins no céu da República. Um deles é a declaração do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, que comandou o julgamento do...

Aonde vamos parar?

Há sinais ruins no céu da República. Um deles é a declaração do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, que comandou o julgamento do mensalão e que agora admite que é candidato a presidente da República.  Ele assistiu em silêncio ao impeachment de Dilma Rousseff e aos principais fatos políticos do ano passado no Brasil. E agora resolveu falar. Para o ex-ministro, o impeachment foi “uma encenação” que fez o País retroceder a um “passado no qual éramos considerados uma República de Bananas”. Barbosa acha que o governo de Michel Temer corre o risco de não chegar ao fim.

Para Barbosa todos os passos que levaram ao impeachment estavam planejados desde 2015. Os ritos no Congresso foram cumpridos apenas formalmente. O que houve foi que um grupo de políticos que supostamente davam apoio ao governo e que em um determinado momento decidiu que iriam destituir a presidente. O resto foi pura encenação. Os argumentos da defesa não eram levados em consideração, nada era pesado e examinado sob uma ótica dialética.

Os autores do impeachment eram líderes em manobras parlamentares que têm um modo de agir sorrateiro. Agem às sombras. E em um determinado momento decidiram derrubar Dilma Rousseff. São políticos acuados por acusações graves, que tinham uma motivação espúria: impedir a investigação de crimes por eles praticados. Essa encenação toda foi um véu que se criou para encobrir a real motivação, que continua válida.

 

Uma mãe

Para o juiz Sérgio Moro, a legislação brasileira é muito generosa. Para exemplificar o que estava dizendo citou o caso do empresário Marcos Valério, que foi condenado a 40 anos pelo mensalão, mas que a partir do ano que vem, após três anos de prisão, poderá cumprir a pena em regime semiaberto. Para ele, a legislação é praticamente uma mãe para os condenados.

 

Em dia

O governador Beto Richa destacou aos prefeitos eleitos que o ajuste fiscal permitiu que o Paraná realizasse o pagamento na quinta-feira, 1.º de dezembro, de R$ 800 milhões do pagamento da primeira parcela do 13.º e mais R$ 1,6 bilhão da folha de pagamento de outubro. No total, foram pagos R$ 2,4 bilhões.

 


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