A mulher do século XXI vem-se revelando autêntica política no sentido legítimo da palavra. Em nenhum outro tempo na nossa história a mulher revelou tanto interesse em melhorar o ambiente em que vive, como atualmente. Esse interesse não se restringe ao ambiente do seu lar, mas estende-se à escola onde os filhos estudam, aos problemas do bairro onde mora. Ela acompanha os movimentos que se processam na cidade, e toma partido. Não mais se escora no homem, seja pai ou marido, para discutir, decidir, e, sobretudo, exigir direitos. Para tanto vem assumindo uma postura independente na escolha de atividades, quer sejam profissionais ou simplesmente domésticas. Libertando-se da imagem de ser frágil, a mulher pisa terrenos outrora prerrogativas dos homens e enfrenta desafios, firmando-se como participante ativa na construção de uma nova sociedade. Haja vista ao espaço que abriram nas suas vidas, para disputarem vagas, não só no legislativo, mas também no executivo, como autênticas representantes políticas, por todo este Brasil. Temos observado com orgulho que elas vêm-se impondo com argumentos sólidos baseados em experiências vivas colhidas no caminhar quotidiano. Se houver ponderação por parte dos eleitores, as mulheres poderão surpreender pelas vagas assumidas. Quando recuamos no tempo, precisamente nos anos 20 do século passado, encontramos Bertha Lutz e o movimento sufragista que exigem o direito do voto às mulheres, o qual só foi conseguido apenas em 1931, sentimo-nos orgulhosas, libertas, em parte, das muralhas impostas pela discriminação. Mas, para que continuemos avançando, faz-se necessário estabelecer uma nova leitura da realidade, urge estimular a tomada de consciência das pessoas para que se estabeleçam de vez os direitos a serem concretizados.
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