Por: Kátia Muniz
Sabe qual é o termômetro de uma relação? Errou se pensou em sexo e naquela transa com alta performance capaz de fazer você subir pelas paredes.
Nada disso.
A medida está no beijo. O sexo é pura consequência.
Nenhuma transa será boa o suficiente se não vier acompanhada de beijos. Muitos beijos. Afinal é com esse contato que o sexo inicia. Faz parte das preliminares. Não convém pular essa etapa.
Apesar de muita gente sonhar com aqueles beijos de tirar o fôlego, a sorte, lamentavelmente, não contempla a todos na vida real.
Acompanhe.
Vocês trocaram olhares. Surgiu aquela vontade de se conhecerem. Aproximaram-se, conversaram e, enfim, os lábios se encontraram.
Talvez a coisa toda não funcione nos primeiros segundos. Vamos considerar que são duas pessoas se explorando pela primeira vez. Mas se numa segunda ou terceira tentativa as bocas continuam recatadas, esqueça. Por prudência, “Pegue o teu banquinho e saia de mansinho”. Todavia, se resolver ficar por acreditar na possibilidade de que com o tempo tudo venha a se encaixar e se reorganizar, será por sua total conta e risco.
O beijo, por mais romântico ou singelo que seja, deve disparar no corpo todo alguma resposta. De preferência que esse retorno indique que, na sequência, surgirão as labaredas. Chamem os bombeiros!
Beijo é intimidade pura. Precisa ter entrega, desejo, doação, língua, decisão, atitude, vontade, olhos cerrados. É apropriado esquecer as horas e não permitir, em hipótese alguma, que o pensamento voe para qualquer outro lugar. Beijo requer concentração.
Assim, João pode beijar Júlia e o contato ser recíproco e intenso. No entanto, João também pode beijar Letícia e, logo depois, sair bocejando. Em se tratando de química entre duas pessoas, a conclusão é óbvia: funciona ou não funciona.
Portanto, beijou e não ouviu tocar nenhum sino? Não viu estrelinhas? E teu corpo paralisou a ponto de não mexer nenhum músculo?
Fuja!