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“Prédio de Correio”

Coincidência ou não, alguns meses após a destruição do parque pela população, a prefeitura passou a ocupar a Praça João Gualberto (vazia há décadas e contando apenas com um campo de futebol).

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Prédio de Correio

Coincidência ou não, alguns meses após a destruição do parque pela população, a prefeitura passou a ocupar a Praça João Gualberto (vazia há décadas e contando apenas com um campo de futebol). O primeiro projeto foi uma agência dos correios, todavia a conclusão demorou quase cinco anos.

As negociações para a construção do novo prédio iniciaram em outubro de 1934, quando o Diretor Geral dos Correios e Telégrafos do Paraná, Flávio da Silva Pereira, viajou ao Rio de Janeiro (Capital do país). A viagem chamou a atenção do jornal curitibano “Correio do Paraná”, que enviou um repórter para entrevistar o diretor: “- Vou ao Rio para resolver casos que não sahem com urgência dos gabinetes dali, sem que haja uma actividade contínua por parte dos interessados, junto às autoridades competentes”. Segundo Flávio, as atividades se demonstram pelas realizações e o Paraná precisava de realizações e não de promessas. “Paranaguá, o nosso principal porto de mar, tem um prédio de Correio que nos envergonha. Velho, archaico, arruinado, tem, assim, a apparencia de uma cadeia antiga dos nossos tempos coloniaes”. Flávio mostrou a “bella planta” do novo prédio “que Paranaguá vae possuir muito em breve”. O prefeito Claudionor Nascimento ofereceu um terreno (acredito ser na praça) e o diretor enviou a proposta ao Rio, mas opiniões divergiam sobre o local. Por conta disso, o Interventor Federal procuraria alguma área pertencente ao governo estadual e melhor situada. Em dezembro de 1934, as obras ainda não haviam iniciado.

Quatro anos depois, encontramos uma nota sobre o prédio estar em construção na João Gualberto. No ano seguinte, aparentemente finalizada, a nova agência era motivo de orgulho, fazendo parte do roteiro de visitas das autoridades e pessoas importantes que passavam pela cidade.

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

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