Começou na quarta-feira, 20, a corrida para vacinar 64 mil moradores em Paranaguá, na faixa etária de 9 a 44 anos, contra a dengue. A Campanha de Vacinação contra a doença mobiliza 14 unidades de saúde da cidade em horário comercial e mais quatro no período das 17h às 23h. Os munícipes que se enquadram no público preconizado pela campanha precisarão tomar a última dose da vacina até o dia 27 de outubro, data limite da ação preventiva.
Só poderá participar desta fase, a parcela da população que já tomou a primeira ou a segunda dose. A epidemia que ocorreu em 2016 resultou na morte de 30 pessoas no litoral, o que representou 50% do total de óbitos de todo o Paraná. Já no período seguinte, foram confirmados apenas 35 casos de dengue, redução atribuída à oferta da vacina.
Para tomar a vacina, basta se dirigir até um dos locais de vacinação como as unidades de saúde do município. Vale destacar que no período noturno, entre 17h e 23h, as unidades Vila Garcia, Ilha dos Valadares (Rodrigo Gomes), Alexandra e Serraria do Rocha permanecerão abertas para aplicação das doses.
Além disso, é possível ainda se vacinar nos pontos fixos determinados pela 1.ª Regional de Saúde, como no Sesc, de segunda à sexta-feira, das 13h às 20h; na Praça Fernando Amaro, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h; Praça Ciro Abalém, de segunda a sábado; e Praça da Vila Guarani de segunda a sábado. Equipes fixas ficarão também no Shopping Estação Mall, de segunda a sábado, das 12h às 20h. Ainda haverá equipes itinerantes organizadas pela 1.ª Regional de Saúde, que beneficiarão ilhas, comunidades marítimas e áreas rurais.
Praça Fernando Amaro registrou 140 doses aplicadas até às 16h de ontem
ADESÃO DOS MORADORES
Na tarde de ontem, por volta das 16h, a equipe que estava na Praça da Vila Guarani, já tinha aplicado 115 doses da vacina. De acordo com os profissionais, a princípio foram 100 doses e, devido à grande adesão, tiveram que pedir mais doses para a 1.ª Regional de Saúde. No ponto instalado na Praça Fernando Amaro, foram 140 doses aplicadas até às 16h, uma média considerada relevante para o primeiro dia da campanha.
O prefeito Marcelo Roque lembrou que, além da dengue, há outras doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti que precisam da atenção dos moradores. “Tivemos o registro também da zika em nossa cidade e com isso aumentou ainda mais a nossa preocupação em combater o mosquito Aedes Aegypti. Por isso realizamos mutirões com nossos cargos comissionados e equipes que realizam o trabalho de prevenção diariamente em nossa cidade”, disse o prefeito.
Durante a solenidade de abertura da campanha, ontem, o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, deu o exemplo e tomou a sua dose
PRIMEIRO DIA
A moradora na Vila Guarani, Chayenne Paola de Souza Machado, aprovou a ideia de nesta fase ter a oportunidade de se vacinar perto de sua casa. “Achei ótima a vacinação na praça. É muito importante a gente participar para evitar uma nova epidemia, porque muita gente morreu pelo resultado da doença. Além de poder causar dengue hemorrágica. Tivemos muitas perdas, é preciso prevenir, é gratuito. Já trouxe meus filhos, chamei os vizinhos, tem tanto lugar que precisa da vacina e não tem e aqui temos de graça!”, alertou a moradora.
Lucineide Rederd Correia também aproveitou a campanha na praça perto de sua casa para se imunizar contra a doença. “É muito bom poder tomar a vacina perto de casa, ajuda muito. A segunda dose, inclusive, tomei em frente de casa com a equipe volante da saúde. Depois da epidemia de dengue, os hábitos mudaram, procuro não cumular entulho e coloco baldes e garrafas com a boca para baixo. Eu tive dengue e não quero passar por isso de novo”, garantiu a moradora na Vila Guarani.
Lucineide e Chayenne prestigiaram a campanha junto com os profissionais da saúde na Vila Guarani
DENGVAXIA
A vacina Dengvaxia é a primeira desenvolvida contra a dengue. O laboratório Sanofi Pasteur é quem produziu para imunizar a população contra os tipos 1, 2, 3 e 4 da doença. A empresa salienta que a dengue pode afetar profundamente indivíduos, famílias ou comunidades por licenças médicas, fadiga, pós-infecção, redução na qualidade de vida e até mesmo dívidas oriundas do tratamento da doença. O Paraná é o único Estado das Américas a oferecer a vacina, de forma gratuita, para 30 municípios onde houve maior infestação do mosquito.
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