Uma UPA de porte III precisa ter, no mínimo, 15 leitos de observação e capacidade de atender uma média de 350 pacientes por dia. Em Paranaguá, o espaço receberá algumas intervenções na estrutura para que haja efetivamente o credenciamento do Ministério da Saúde. Se o local for avaliado como Porte III, poderá receber um recurso mensal de R$250 mil para manutenção.
O superintendente do Pronto Atendimento 24h, Rafael Dalha Valhe Corrêa, explicou que a unidade ficou popularmente conhecida como UPA, mas que é preciso a certificação do Ministério da Saúde para ser chamada desta forma. “Fizemos um levantamento e descobrimos que nunca houve início de credenciamento. Nós provocamos a vinda do Ministério aqui para regularizar essa documentação”, contou.
Superintendente do Pronto Atendimento 24h, Rafael Dalha Valhe Corrêa, destacou que está havendo cobrança para agilizar a documentação
Em fevereiro deste ano, dois fiscais foram ao local para averiguar a situação do prédio e encontrar a razão do não credenciamento. “Estamos tentando ampliar para virar uma UPA de porte III. Para isso, precisamos dos reparos na estrutura. O Ministério ainda não estipulou um prazo oficial, mas sabemos que o prefeito determinou que seja o mais breve possível. É uma cobrança que vem sendo feita e estamos trabalhando muito para que isso ocorra”, frisou Corrêa.
CUSTOS
O resultado da visita foi positivo, já que os fiscais avaliaram que o espaço tem capacidade para receber mais leitos. A ideia inicial era classificar o local como porte II, que deve ter o mínimo de 11 leitos de observação e atender em média 250 pacientes por dia. Neste caso, o valor repassado seria de R$175 mil e não mais de R$250 mil, como destinado ao porte III. Hoje, o custo mensal da UPA de Paranaguá é estimado em R$795 mil.
Outra exigência para o porte III é com relação ao número de habitantes na cidade. Para o porte II, a área de abrangência deve ter de 100 mil a 200 mil habitantes, já para o porte III, de 200 mil a 300 mil habitantes.“De acordo com os nossos levantamentos, percebemos que o nosso atendimento é para a macrorregião e não só a Paranaguá. Vêm pessoas de Pontal do Sul, Antonina e de todo o litoral, além da temporada de verão, que aumenta o movimento. Por isso, pela quantidade de atendimentos seríamos de porte III”, ressaltou Corrêa.
Para isso acontecer, é necessário também que haja seis médicos durante o dia e outros quatro à noite. Exigência que, segundo o superintendente, já é atendida. Quando começarem as reformas na UPA, os atendimentos de urgência serão transferidos para a Unidade de Saúde Balduina Andrade Lobo, conhecida como Dona Baduca.