A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria, que afeta principalmente os pulmões. Os sintomas mais comuns são: tosse seca contínua, por mais de quatro semanas, cansaço excessivo, febre baixa (geralmente à tarde), sudorese noturna, falta de apetite, palidez e emagrecimento acentuado. Ela é, em especial, transmitida através das gotículas expelidas pelo portador durante a tosse.
Leziani Nascimento Corrêa, enfermeira coordenadora do Setor de Pneumologia, explicou que o projeto TDO Compartilhado, desenvolvido pelo município, consiste na garantia de que o paciente está tomando os remédios da forma correta. O TDO significa Tratamento Diretamente Observado e é feito com apoio do Programa Estratégia Saúde da Família (ESF), no qual a equipe vai até a casa do paciente e o acompanha na hora de tomar o comprimido. “Aqueles que não têm a abrangência do ESF nós vamos até a casa. Também fazemos esse trabalho com drogaditos e moradores em situação de rua”, afirmou Leziani. O projeto que garante a tomada dos medicamentos é atribuído como a causa da queda da taxa de mortalidade dos pacientes com HIV que contraíram tuberculose.
Leziani frisou que qualquer pessoa pode contrair tuberculose. “Pessoas com imunodeficiência, pessoas com HIV positivo podem ter um risco um pouco maior, mas qualquer pessoa, independente de idade ou estilo de vida, pode contrair a doença, por isso, com o aparecimento dos sintomas, a pessoa deve fazer o exame”, enfatizou.
Segundo a profissional, o potinho para exame de escarro está disponível em todas as unidades de saúde. “Qualquer unidade de saúde pode coletar o exame. A pessoa procura a unidade mais próxima de sua casa, faz o exame e entrega na unidade que nossa equipe vai buscar. É uma comodidade para o paciente”, salientou.
Leziani lembrou que no inverno as pessoas tendem a fechar janelas, não arejar ambientes e isso aumenta o risco de contrair a doença. “Caso haja uma pessoa com tuberculose no local fechado pode transmitir a doença através das gotículas, como ocorre com a gripe entre outras doenças”, observou. A dica é abrir os ambientes. “Manter as janelas dos ônibus, por exemplo, abertas, arejar a casa e evitar locais fechados que tenham muitas pessoas”, orientou. O tratamento de tuberculose leva entre 6 meses a um ano e deve ser realizado corretamente, sem falhas. Normalmente, após algumas semanas de tratamento os pacientes sentem melhora dos sintomas e acabam parando de tomar os medicamentos, o que pode complicar o quadro clínico. Por isso é feito o acompanhamento em casa.
