Na semana passada, o Hospital Regional do Litoral (HRL) teve restrição de determinados atendimentos por 24 horas em função da superlotação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com pacientes que necessitavam de ventilação mecânica para respirar. Na ocasião, um comunicado foi enviado pela diretoria geral da casa hospitalar ao Ministério Público, 1.ª Regional de Saúde, Samu litoral e ao Conselho Estadual de Medicina informando a medida emergencial e também a necessidade de transferência de muitos pacientes para hospitais de Curitiba e região. De acordo com o diretor geral do HRL, Rodrigo Gomes da Silva, a direção geral do hospital informou que restringiu o atendimento no pronto-socorro da instituição hospitalar durante esse período para admissão de pacientes em instabilidade clínica e que necessitassem de ventilação mecânica, suporte de UTI adulta e choque, pacientes mais complexos.
Diretor geral do hospital, Rodrigo Gomes da Silva, lembrou que apenas o HRL no litoral conta com Unidade de Terapia Intensiva e é necessário um estudo para prever a possível ampliação
NORMALIDADE
Silva informou que a situação já foi normalizada. “Hoje o cenário está bem melhor, conseguimos no fim de semana administrar bem os pacientes, alguns tiveram alta, estamos acompanhando diariamente com as equipes internas para ver a situação para não termos o mesmo cenário que tivemos na semana passada”, destacou. O diretor explicou que estão verificando alguns indicadores e perceberam que, na semana passada, até o final da interdição de 24 horas, no dia 10, ocorreu uma crescente de pacientes internados no Pronto Socorro. Nossa UTI estava com 100% de ocupação e todos os pacientes estavam aguardando a transferência para vagas de UTI em outros hospitais públicos e, infelizmente, não estava sendo possível a transferência devido a esses hospitais do Estado estarem superlotados também”, comentou.
Em alguns momentos, o helicóptero desceu para buscar pacientes, em outros, em virtude de a Serra estar muito fechada, sem visibilidade, não foi possível o transporte aéreo. Silva enfatizou o trabalho do Samu que auxiliou muito nesse momento. “Ninguém deixou de ser atendido nesse tempo pela UPA e por hospitais de outros municípios do litoral. Agradecemos à população a compreensão e ao Samu, CRM, Ministério Público e 1.ª Regional de Saúde o apoio aos funcionários do hospital nesse momento em que precisamos adotar esta medida de segurança”, agradeceu Silva.
PRONTO-SOCORRO
O pronto-socorro no HRL conta com uma sala de emergência onde permanecem os pacientes que necessitam de uma vaga na UTI, a qual conta hoje com 14 leitos. “Enquanto o paciente está no pronto-socorro, recebe também atenção durante todo o tempo como se fosse uma terapia intensiva”, comentou o diretor, explicando que o paciente não fica sem o atendimento devido.
Para transferências a outros hospitais, existe a Central de Leitos do Estado onde são inseridos os dados do paciente e o motivo da necessidade de transferência e é aguardada a liberação de uma vaga por um dos hospitais que compõem essa central tanto em Curitiba como na Região Metropolitana e toda a extensão do Paraná. “Nesse período, se não houver vaga na nossa UTI, o paciente fica conosco no pronto-socorro com toda assistência hospitalar de que ele precisar, fisioterapia, farmácia, médico 24 horas. Em nenhum momento esse paciente deixa de ser atendido de maneira adequada”, afirmou. “O ambiente que ele está infelizmente não é o ideal por estar em uma sala de emergência que é mais própria para o paciente mais agudo, mais crônico. Não é uma sala para paciente em observação e sim para pacientes em estado crítico”, comentou. A sala de emergência no pronto-socorro tem capacidade para atender 14 pessoas.
ESTUDO PARA AMPLIAÇÃO
Silva comentou que há um estudo para ampliação da UTI no Hospital Regional do Litoral. Ele não destacou se o espaço que será aberto com a saída da maternidade para o novo prédio em breve, pode ser utilizado para a ampliação da UTI. “Demanda um estudo para sabermos se essa área será utilizada para a ampliação da UTI. Ainda não há como afirmar”, observou. O HRL conta com Unidade de Terapia Intensiva e atende todas as sete cidades litorâneas.