A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) emitiu nesta sexta-feira, 1º, o primeiro boletim sobre a situação da febre amarela no Paraná. Também enviou a todas as Regionais de Saúde do Estado o Alerta Epidemiológico 01/2019 – Febre Amarela, para “assegurar resposta oportuna e eficaz para o enfrentamento da doença”.
Desde julho do ano passado até o final de janeiro deste ano, foram notificados 30 casos suspeitos da doença, mas apenas um foi confirmado como febre amarela; nove ainda estão sob investigação e os demais foram descartados.
O caso confirmado é de Antonina, no litoral, mas o local provável de infecção do vírus deve ser Guaraqueçaba, para onde o rapaz infectado havia viajado. Ele está internado em Paranaguá e deve ter alta ainda nesta sexta-feira, 1º.
SINTOMAS
De acordo com o alerta, os sintomas iniciais da febre amarela são febre alta de início súbito, associada a dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no corpo e dor abdominal.
O boletim destaca que o problema é que esses sintomas se confundem com outras doenças como leptospirose, gripe ou dengue. Esse é um dos motivos para que a população, em primeiro lugar, tome a vacina – disponível em todo Paraná – e, depois, procure atendimento médico aos primeiros sintomas para receber os cuidados necessários.
A febre amarela pode ter evolução rápida. Em cerca de 10% dos casos apresenta formas graves com icterícia (amarelão da pele), dor abdominal intensa, sangramentos em sistema digestivo (vômitos ou fezes com sangue), pele ou urina e falência renal.
EMERGÊNCIA
O primeiro caso no Paraná foi confirmado no dia 29 de janeiro, mas a Secretaria da Saúde já havia ativado, no dia anterior, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), para coordenar a resposta institucional e as informações.
Atualmente, o COES intensifica a sua atuação nos municípios da 1ª e 2ª Regionais de Saúde, que ficam no litoral, 7, e na Região Metropolitana de Curitiba, 29. “Mas a recomendação é que toda a população do Paraná, entre 9 meses e 59 anos, tome a vacina”, alerta o diretor do Centro Epidemiológico do Paraná, João Luís Crivellaro. O alerta vale para quem nunca foi imunizado, já que a dose contra febre amarela tem validade permanente.
Estratégias de intensificação da vacinação vêm sendo realizadas em todo o Estado do Paraná, com prioridade nessas duas Regionais, bem como a busca ativa seletiva às populações de maior risco.
LITORAL DO PARANÁ
Ainda de acordo com Boletim divulgado pela Sesa, dos 30 casos notificados no litoral do Paraná, um caso foi confirmado, 21 descartados para febre amarela e oito permanecem em investigação. Os dados correspondem ao período entre 1º de julho de 2018 a 31 de janeiro de 2019.
COBERTURA VACINAL
O boletim mostra que a cobertura em menores de um ano no Paraná, em 2018, é de 72,72%. Estima-se um quantitativo de 4.917.392 pessoas a serem vacinadas em todo o Estado atualmente, das quais 2.616.712 encontram-se nos municípios das 1ª e 2ª Regionais de Saúde. Ou seja, os municípios presentes no litoral.
“Esse quantitativo de pessoas a serem vacinadas não representa o número real, tendo em vista a priorização da vacinação em detrimento da inserção dos dados no sistema de informação”, explicou a Sesa.
A cobertura vacinal nos municípios do litoral do Paraná está em 65,25%, número acima da região metropolitana (48,94%), e abaixo da cobertura vacinal nos municípios da 13ª Regional de Saúde – Cianorte (98,18%). Todo o Estado do Paraná possui 72,72% de cobertura vacinal, ou seja, mais de 70% da população paranaense está imune da febre amarela.
Com informações da AEN