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Ciência e Saúde

Psicopedagoga quer ajudar pais a cuidarem de filhos autistas

Intenção é levar informação sobre os direitos, principalmente na área escolar

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Pais, professores e especialistas que trabalham com crianças com espectro autista vão participar, no dia 8 de agosto, de uma roda de conversa sobre a questão do autismo e os direitos assegurados para a qualidade de vida desta parcela da sociedade. O evento, a ser realizado na Avenida Roque Vernalha, 1509, está sendo organizado pela psicopedagoga Cinthia Cristiane Huk Martins, a qual tem vasta experiência na área e identificou problemas na cidade, os quais afetam os autistas.

De acordo com a psicopedagoga, o objetivo é ressaltar ao público a importância do tratamento precoce do autismo em crianças diagnosticadas. Além disso, durante as horas de bate papo (14h às 17h), o tema da inclusão no ambiente escolar regular será amplamente tratado. “Há uma imensa carência de informação entre os pais tanto no que se refere aos seus direitos como com as obrigações. A maioria não sabe que os seus filhos têm direito à gratuidade e não sabem que as escolas não podem se recusar a oferecer vagas para seus filhos”, lembra.

 

ÁREA EDUCACIONAL

Sobre as instituições de ensino, ela menciona que em primeiro lugar o ambiente escolar precisa entender o que é o autismo e suas principais características. “O autismo é um transtorno do desenvolvimento que se manifesta através das dificuldades nas três áreas do desenvolvimento: interação social; comunicação e dificuldades comportamentais. Não se pode rotular o aluno, é preciso observar e atentar-se para as características pessoais dele, verificar como ele se comporta diante das atividades pedagógicas e estabelecer metas, partindo sempre do que ele já traz consigo”, explica.

 

DICA AOS PROFESSORES

Ainda sobre o ambiente escolar, a psicopedagoga descreve que ele precisa ser rico em vínculo afetivo e motivação. “O professor deve sempre buscar e manter contato visual com aluno, estimular a comunicação, propor atividade inclusivas com toda a turma, propiciar e mediar as brincadeiras entre o grupo, usar sempre uma linguagem simples, clara e firme”, detalha.

Outra circunstância capaz de contribuir para o aprendizado é a observância, por parte do professor, a respeito dos interesses do aluno, os quais podem e devem ser aproveitados para a questão educacional. “Se a criança gosta, por exemplo, da Peppa Pig (desenho animado) o professor pode adaptar atividades de matemática com imagens desta animação para que ela aprenda os números. É importante salientar que essas dicas devem ser retiradas gradualmente para que se garanta a independência nas atividades”, ressalta.

 

QUESTÃO COMPORTAMENTAL

No que tange ao modo de se portar do autista, algumas crianças apresentam comportamentos disruptivos, que é a birra exagerada, com dificuldade para se acalmar, desencadeando comportamentos autolesivos, como bater a cabeça, morder a mão e esfregar-se ou arranhar-se excessivamente. O comportamento denominado de heterolesivos (lesar o outro) também pode vir a ocorrer. “É importante investigar a razão deste comportamento, onde ocorre, quando e em qual situação”, aconselha.

 

EXPECTATIVAS

Na ocasião do evento do dia 8, Cinthia deseja que os pais sintam-se bem à vontade para contar as experiências que possuem, bem como as rotinas e as dificuldades mais frequentes com a criação dos filhos autistas. “A família precisa estar informada e eu, como profissional da área, quero ajudar a comunidade neste sentido, orientando os tratamentos adequados a todos os envolvidos”, concluiu.

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