conecte-se conosco

Ciência e Saúde

Prefeito apresenta problemas estruturais em prédios da Saúde

Cenas expostas retrataram o descaso no setor

Publicado

em

Um panorama da atual situação dos prédios utilizados para o atendimento à saúde em Paranaguá foi apresentado na segunda-feira, 16, pelo prefeito Marcelo Roque e pelo secretário Municipal da Saúde, Paulo Henrique Oliveira. Ambos retrataram o problema como se tratando de um verdadeiro caos deixado pela administração anterior. Entre as situações mais alarmantes, expostas na coletiva de imprensa, está o fato de que nenhum dos 28 prédios destinados a serviços na área da saúde está em condições mínimas para o atendimento ao público.

Em um vídeo de pouco mais de 20 minutos, a nova administração municipal mostrou que as unidades de saúde apresentam rachaduras que comprometem a segurança de funcionários e pacientes, bem como são insalubres porque não conseguem ter a limpeza equivalente ao que se espera de um setor de saúde. Com aspectos que mais se assemelham a depósitos de todo o tipo de materiais, as unidades, de acordo com o prefeito e o secretário, seriam o retrato do “abandono” da saúde na cidade.

Por isso, o prefeito Roque anunciou a realização de obras para reformar, em caráter de emergência, o Centro Municipal de Especialidades (CME), localizado na Rua João Eugênio, Centro. O local, assim que estiver em condições, vai servir para o atendimento à população durante o tempo em que as Unidades de Saúde estiverem sendo reformadas. “Não temos como desenvolver todas as obras necessárias nas Unidades de Saúde ao mesmo tempo, pois elas precisarão ser fechadas ao atendimento durante as intervenções que pretendemos fazer. Por isso, vamos preparar o CME para auxiliar nesta tarefa de ser um local substituto para a unidade que estiver fechada para obras”, explicou o prefeito.

Além de toda a problemática na questão estrutural, o secretário Paulo Oliveira lembrou que os ambientes da saúde estão sem documentos legais para funcionamento, tais como o registro de Habite-se (certidão municipal que mostra o local construído sob as regras da prefeitura para aprovação de projetos) e o alvará de funcionamento. “Por causa de falhas como essas não há como, neste momento, pleitear verbas para a saúde junto às demais esferas governamentais, uma vez que em razão da ausência destes documentos é como se elas (as unidades) não existissem para o Ministério da Saúde, pois não estão devidamente credenciadas”, observou o chefe da pasta.

Em várias oportunidades, o prefeito Marcelo Roque classificou o estado da área da saúde em Paranaguá como catastrófico e de calamidade pública. “O trabalho terá que ser feito dos pés à cabeça, do piso ao teto”, comparou. Devido aos problemas constatados, Marcelo Roque informou que a cidade ficou muito próxima de perder verbas do projeto Saúde do Viajante, do Governo do Estado, que prevê uma destinação de R$ 4 milhões para o município.

 

OBRAS NÃO FISCALIZADAS

Ao longo da apresentação dos problemas estruturais nas Unidades de Saúde e também na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), o prefeito informou que a empresa contratada pela Prefeitura de Paranaguá, na administração passada, deixou a desejar no sentido de promover melhorias nos prédios públicos. “Foram destinados R$ 6 milhões para a empresa Artes Múltiplas realizar obras de reparos em todos os prédios municipais, no entanto, o que se viu foram serviços não prestados como se deveria e uma completa falta de fiscalização por parte da prefeitura. Dos R$ 6 milhões licitados, cerca de R$ 5 milhões não tiveram fiscalização alguma”.

Publicidade






Em alta

plugins premium WordPress