A Rede de Saúde do Estado conta com 28 estabelecimentos habilitados e em operação como Unidades de Assistência de Alta Complexidade (UNACONs) e Centros de Assistência de Alta Complexidade (CACONs) que atuam oferecendo atendimento especializado e integral ao paciente com câncer.
A Sesa alerta sobre a responsabilidade do Estado e de cada um na prevenção do câncer, que é considerado um problema de saúde pública, com tendência de crescimento nos próximos anos.
A Rede de Saúde do Paraná disponibiliza o atendimento inicial em todas as Unidades Básicas de Saúde do Estado, onde são feitas consultas e solicitação de exames para investigação diagnóstica do câncer. “Realizamos desde exames citopatológicos, de imagem e biópsias, providenciando os encaminhamentos necessários para os centros de referência”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Segundo o secretário, “a meta do Governo do Estado é que o cuidado à saúde aconteça de forma regionalizada e em estabelecimentos habilitados e qualificados; no caso do câncer, os serviços abrangem diagnóstico, estadiamento e tratamento”.
Neste momento, o Governo do Paraná, por meio da Sesa, investe em obras que ampliarão o atendimento especializado, como a construção da ala infantil do Hospital Erasto Gaertner, o Erastinho, em Curitiba, e do Hospital do Câncer de Guarapuava; e na ampliação de serviços de radioterapia da Policlínica de Pato Branco e do Hospital da Providência, em Apucarana.
Câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos. Pode acometer qualquer parte do corpo.
Atualmente, 7,6 milhões de pessoas no planeta morrem em decorrência da doença a cada ano, dessas, 4 milhões têm entre 30 e 69 anos.
No Paraná, nesta mesma faixa etária, onde se considera morte prematura, a mortalidade por câncer nas mulheres é maior pelo câncer de mama, enquanto nos homens é o de brônquios e pulmões.
No ano de 2019, foram 27.654 casos diagnosticados pelo SUS no Paraná, sendo o câncer de mama o mais incidente. Em 2018, foram diagnosticados 24.025 casos. Os dados são do Painel Oncológico do Instituto Nacional do Câncer.
O Paraná participa da campanha nacional, divulgando as medidas preventivas junto à população; as principais são: praticar atividade física, alimentar-se de forma saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, evitar o uso do tabaco e seus derivados e fazer uso de protetor solar.
“Lembramos ainda que um mesmo fator pode ser de risco para várias doenças como o tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos cânceres, além de doenças cardiovasculares e respiratórias”, destaca a chefe da Divisão de Atenção às Neoplasias, da Secretaria Estadual de Saúde, Rejane Cristina Teixeira Tabuti.
Os fatores de risco podem ser encontrados no ambiente físico, herdados ou resultado de hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural.
Leis
Duas Leis Federais garantem acesso ao diagnóstico e tratamento aos pacientes por meio do SUS.
A Lei n.º 12.732/2012 determina que, uma vez diagnosticada a doença, a pessoa tem direito ao acesso a tratamentos, seja radioterapia, quimioterapia ou cirurgias, em até 60 dias. Embora seja de 2012, somente em 2019 o INCA aprimorou e disponibilizou o sistema de monitoramento (Painel de Oncologia) para gestores e prestadores de serviços. O Paraná realiza este monitoramento por meio das 22 Regionais de Saúde do Estado.
A Lei n.º 13.896/2019, que começa a vigorar em abril deste ano, altera a anterior no que diz respeito ao diagnóstico estabelecendo que a partir da suspeita clínica para o câncer, a pessoa tem direito a diagnóstico específico em até 30 dias. Neste momento o Paraná se organiza para garantir o cumprimento da legislação.
Fonte: SESA