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Ciência e Saúde

Luta contra o câncer: exemplo de persistência e coragem

Josimara está no terceiro diagnóstico da doença e não perdeu a fé de que dias melhores virão

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A luta de Josimara Barbosa Cassilha contra o câncer começou em 2009 com um nódulo na mama direita. Em 2013, o câncer apareceu na mama esquerda e novamente em 2014 foi descoberta uma metástase óssea pela qual passa por tratamento. Josimara é professora, assim como as outras duas mulheres que contaram suas histórias neste mês para a Folha do Litoral News, em alusão ao Outubro Rosa. Pessoas que se dedicam a levar ensinamentos ao próximo, hoje passam por um grande ensinamento de vida que serve de exemplo de persistência e coragem para seus alunos e para toda a sociedade.

Na primeira vez que o câncer apareceu, Josimara passou por cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A volta da doença em 2013, descoberta por meio do acompanhamento que os médicos recomendam para quem já teve a doença, atingiu além das mamas, também as axilas. Por um ano, ela passou por sessões de quimioterapia e radioterapia.
Após perceber algumas dores no peito e nas costelas, procurou ajuda médica quando foi constatada a metástase óssea. Desde 2014, Josimara passa por sessões de quimioterapia uma vez ao mês, mas com a força da família e do Instituto Peito Aberto, ao qual frequenta desde o início, a ampararam e não a deixaram desistir de seguir sua trajetória.

“Na primeira vez, tudo era novidade para mim, o médico disse que eu estava curada, por isso não foi difícil. Na segunda vez, achei que ao ser o mesmo tempo de tratamento, mas foi muito sofrido por causa dos efeitos colaterais. Quando descobri que estava nos ossos e que não havia um tempo de tratamento, foi mais complicado. O apoio da minha família e do meu esposo foi muito grande, ele me acompanha desde o início, em todo o tratamento, sempre deu prioridade para estar comigo”, explicou Josimara. Por isso, a baixa na autoestima nunca foi um problema para Josimara. “A gente perde cabelo, fica inchada e em momento nenhum tive dificuldade porque o meu marido sempre foi o mesmo”, frisou.

câncer de mama

“Jesus tem sido o meu bálsamo de todos os dias. Quando a tristeza e o desespero vêm, ele me dá força para ficar em pé”, destacou Josimara

 

AJUDA EXTRA

Além do companheirismo do marido e da força da família, Josimara em uma consulta no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, se encontrou com outra professora que falou sobre o Instituto Peito Aberto. Nesta época, em meados de 2013, o Instituto ainda não tinha sede, mas realizava reuniões mensais no Sesc. “Ela me convidou para ir, eu fui e acabei criando um laço de amizade. Comecei a fazer a fisioterapia com drenagem para diminuir o inchaço. Sempre que posso estou lá. O Instituto me amparou, vendo que as meninas venceram, eu fiquei mais animada. Uma é espelho para a outra, se precisamos de ajuda, sempre somos bem atendidas”, contou Josimara.

Após o aparecimento do câncer, a vida ganhou um novo significado para a professora. “Depois que fiquei doente, percebi que a saúde é o mais importante em nossa vida, mais do que o dinheiro, riquezas, mais do que tudo. Se eu não tiver saúde, não consigo aproveitar nada. Agora, vivo o hoje. Mudou muito a forma de viver, de pensar no próximo, é muito diferente do que antes”, revelou.

Foi durante o exame preventivo, também conhecido como Papanicolau, que Josimara descobriu o câncer, já que durante a consulta também é realizado o exame clínico das mamas. Por isso, o recado que a professora deixa para as mulheres é para que façam o autoexame e o preventivo. “Fiquei um mês com meu subconsciente me avisando que eu precisava fazer um exame. Se eu esperasse mais tempo, poderia ser pior. Que as mulheres façam os exames, que não tenham medo, quanto mais cedo for descoberto, mais chance terá de ser curada. Eu não tenho medo do câncer, todo dia levanto e faço a minha oração, eu venço como se fosse outra doença qualquer”, enfatizou Josimara.

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