Litoral do Paraná registra 4.600 casos de HIV

O mês de dezembro foi o escolhido para marcar uma mobilização nacional sobre a prevenção do HIV, AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis. A escolha do mês foi em função do Dia Mundial contra a AIDS, celebrado no dia 1.º de dezembro. O litoral do Paraná possui dados alarmantes, os quais preocupam as autoridades de saúde que lidam diretamente com o tema. Os sete municípios litorâneos contabilizam cerca de 4.600 casos de HIV, sendo 1.600 os que recebem medicação.

No dia 7 de novembro, foi sancionada a lei que institui o Dezembro Vermelho. A coordenadora regional do Programa DST/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde e coordenadora da Pastoral da Aids de Paranaguá, Sueli Ferreira, informou que haverá várias ações no litoral.

“Cada município fez uma programação. Em Paranaguá terá testagem rápida nas unidades básicas de saúde até o dia 15, com palestras à tarde. Em Pontal do Paraná terá uma ação no dia 9 com todas as unidades abertas para testagem rápida. Guaratuba terá uma ação hoje com uma caminhada junto às escolas. Vamos fazer palestras em empresas”, destacou Sueli.

Em todos os sete municípios do litoral, foram cadastrados 4.600 pessoas que fizeram o teste e o resultado deu reagente. “A incidência está crescendo nos municípios de praias como Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba”, disse Sueli. Entre os três locais, em relação ao número de habitantes, Guaratuba é o município que mais tem apresentado casos de HIV.

“De dois anos para cá tem dado essa alta, antes Paranaguá liderava, talvez seja devido à procura, é um reflexo do trabalho que vem sendo realizado. Com mais testes sendo feitos, mais descobertas”, atribui Sueli.

 

Dezembro Vermelho quer mobilizar e conscientizar a sociedade sobre o HIV, AIDS e outras infecções sexualmente transmissíveis

 

PROCURE O TESTE

O resultado do teste rápido de HIV fica pronto em média após 30 minutos. Há três opções de testes disponíveis, o primeiro é o convencional, realizado por meio de coleta de sangue; o teste rápido e o fluido oral. Em Paranaguá, os moradores podem procurar o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), que funciona no Hospital João Paulo II, no bairro Parque São João.

“Serão feitos dois exames específicos, que é a contagem de CD4 e o de carga viral. Dependendo desses resultados, é decidido se a pessoa entra com medicação ou não”, explicou a coordenadora regional do Programa DST/Aids.

Independente da necessidade de medicação, o paciente é orientado para fazer o acompanhamento a cada seis meses ou um ano, pois cada organismo reage de uma maneira.

“Procure as unidades e faça o teste rápido, com o acompanhamento talvez nem venha a ter AIDS, apenas o vírus. Em 60% dos casos, as pessoas vão fazer o exame quando já estão doentes. Temos que trabalhar contra o vírus”, reforçou Sueli.