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Ciência e Saúde

Dona de casa descobriu câncer de mama durante autoexame

Marinalva chegou ao Instituto Peito Aberto após passar por todo o tratamento e hoje pode ajudar outras mulheres a superar o problema

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Em 2015, a dona de casa Marinalva Siqueira Campos Bello, de 44 anos, se deparou com um nódulo na mama direita e procurou um médico ginecologista. A mamografia apontou que havia um problema e a biópsia posteriormente confirmou o diagnóstico para o câncer de mama. Todo o tratamento de Marinalva foi realizado pelo Sistema Único de Saúde, inicialmente foi atendida no Hospital João Paulo II e depois encaminhada ao Hospital Evangélico, em Curitiba.

Devido ao tamanho do nódulo, a dona de casa precisou primeiro passar por uma sessão de quimioterapia para que fosse possível diminuir de tamanho para só depois estar apta a fazer a cirurgia. “Na primeira quimioterapia, o tumor já havia sumido, por muita oração e Deus na minha vida. Nos exames não apareciam mais nada, porque fiz novamente a mamografia. Mas como o procedimento é de fazer a cirurgia mesmo assim por prevenção, fiz e passei por 28 sessões de radioterapia e agora passo somente por acompanhamento a cada seis meses”, relatou.

Marinalva conta que sempre ouviu falar sobre o câncer de mama, mas nunca imaginou que poderia acontecer com ela. Ela sempre contou com a ajuda da família, dos filhos e do marido. “Eles me apoiaram em tudo, falavam que eu ia sair dessa porque eu era forte. Foi um impacto grande, mas sempre fui muito otimista. A gente sabe que uma hora vai morrer, seja de câncer, por um acidente, do que for e, se tem o tratamento, o médico disse que eu tinha as maiores chances, era só isso que eu precisava ouvir naquele momento”, lembrou.
Ela precisou se deslocar até Curitiba durante as sessões de radioterapia diariamente e, por isso, sentiu na pele a necessidade de Paranaguá ter um local para atendimento gratuito às mulheres do litoral. Assim, o desgaste e os custos seriam menores para quem precisa enfrentar a doença. 

“Meu marido me levou a Curitiba sempre que precisei. Eu precisava ir todo dia fazer radioterapia, que acaba em cerca de cinco minutos. Imagina quem precisa ir de ambulância e ficar o dia todo esperando para retornar a Paranaguá? Infelizmente, muitas pessoas precisam passar por isso hoje”, alertou Marinalva.

APRENDIZADO

Marinalva disse que nunca se sentiu revoltada com o fato de ter tido a doença, mas que este foi um momento de aprendizado. “Nunca pensei por que eu tive o câncer de mama, a vida prega essas peças na gente, mas temos que levantar a cabeça e seguir”, afirmou.
No período de tratamento da doença, Marinalva ainda não conhecia o Instituto Peito Aberto, o qual frequenta atualmente. “Uma amiga que estava começando o tratamento me indicou no ano passado. Algumas dúvidas eu poderia ter solucionado com as meninas e eu não fui por falta de conhecimento”, disse.
Desde então, ela faz aulas de zumba e já se sente como parte da família do Instituto, ajudando outras mulheres que descobriram a doença a superarem os períodos difíceis. “Que as mulheres procurem a prevenção todos os anos e se cuidem. Mesmo que encontrem um caroço, procurem ajuda, enfrentem, vão à luta. Quanto mais rápido procurar ajuda, melhor, e quero dizer que todas são muito bem recebidas no Instituto”, garantiu a dona de casa.

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