O diretor geral do Hospital Regional do Litoral (HRL), Rodrigo Gomes da Silva, esclareceu na quinta-feira, 10, o teor e a necessidade do comunicado que enviou ao Ministério Público, 1.ª Regional de Saúde, Samu Litoral e ao Conselho Regional de Medicina do Paraná. No documento, enviado na quarta-feira, 9, a direção geral do hospital informou que restringiu o atendimento no pronto-socorro da instituição hospitalar durante 24 horas para admissão de pacientes em instabilidade clínica, e que necessitassem de ventilação mecânica, suporte de UTI adulta e choque.
Ontem, o diretor explicou a situação que alarmou os envolvidos na área de saúde da cidade.“A restrição de atendimento no hospital foi necessária porque havia 13 pacientes em ventilação mecânica dentro do pronto-socorro, pacientes que precisavam de suporte de UTI. A nossa UTI estava com 100% de ocupação e todos os pacientes estavam aguardando a transferência para vagas de UTI em outros hospitais públicos e infelizmente não estava sendo possível a transferência devido a esses hospitais do Estado estarem superlotados também”, destaca Gomes da Silva. “Isso causou um gargalo no sistema de saúde e tivemos que tomar esta medida para manter a qualidade, a segurança e a dignidade de quem estava no hospital”, deixou claro o diretor.
Diretor do hospital, Rodrigo Gomes da Silva, disse que medida foi necessária para manter a integridade dos pacientes que estavam internados na ocasião
NORMALIDADE
Porém, ontem, Rodrigo Gomes da Silva redigiu um novo ofício e, desde às 17h30 de quinta-feira, os atendimentos foram normalizados no Hospital Regional do Litoral. “Com o empenho de vários órgãos competentes, a Regional de Saúde e o Samu, conseguimos agilizar a transferência de alguns pacientes para hospitais de Curitiba e região”, ressaltou. “Não há previsão de fecharmos novamente. Isso só acontecerá se houver um cenário de gargalo na área de saúde”, diz o diretor.
Ele explicou, ainda, que o cenário foi se agravando de domingo a quarta-feira e a situação chegou em um ponto de emergência. “Ninguém deixou de ser atendido nesse tempo pela UPA e por hospitais de outros municípios do litoral. Agradecemos à população a compreensão e ao Samu, CRM, Ministério Público e 1.ª Regional de Saúde o apoio aos funcionários do hospital nesse momento em que precisamos adotar esta medida de segurança”, completa o diretor.