Felizmente, hoje há vacina disponível gratuitamente para muitas doenças que atingiram a sociedade em décadas anteriores. No entanto, o cenário que se observa são doses acumuladas nas unidades de saúde de todo o Brasil. Isso porque parte da população não procura as imunizações ofertadas pelo Ministério da Saúde, gerando um grande problema às autoridades da área.
Para suprir essa necessidade, foi lançado em todo o País na segunda-feira, 11, a Campanha de Multivacinação, visando a atrair o público infantil e jovem para completar e/ou atualizar as imunizações. O objetivo é alcançar a população até 14 anos, 11 meses e 29 dias, até o prazo de 22 de setembro. Em Paranaguá, a campanha será voltada para crianças menores de 9 anos em função da vacinação contra a Dengue, que inicia no dia 20.
Entre as doenças que podem ser prevenidas pelas vacinas ofertadas na campanha estão: Poliomielite, Tétano, Coqueluche, Sarampo, Rubéola, Caxumba, Febre Amarela, Difteria, Hepatites, Tuberculose, Infecção por Papilomavírus Humano – HPV, Meningite C, Pneumonias e meningites.
ONDE E POR QUE PROCURAR
Desta forma, é preciso que os pais observem a carteira de vacinação dos seus filhos, sejam crianças ou adolescentes, e procurem a imunização. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá, todas as unidades básicas de saúde estão aptas a oferecer as vacinas, exceto a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o João Paulo II e o Centro de Referência de Saúde da Mulher.
O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, afirmou que a sobra das doses é um fenômeno nacional e não acontece apenas no Paraná. “Estamos com muita dificuldade nesta faixa dos escolares. Acho que as gerações que não conviveram com sequelados da pólio, com as mortes provocadas pela varíola, não passaram por processos de campanhas bem-sucedidas de imunizações, estão deixando isso para um segundo plano”, observou.
“Os níveis de cobertura adequados mantêm a imunização das comunidades”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto
Um apelo foi feito pelo secretário para que haja parceria com as escolas a fim de alcançar o público previsto na campanha. “A criança e o adolescente precisam deste entendimento. Não queremos fazer das escolas postos de saúde, eu já tomei vacina em escolas, dentro de ônibus, temos que entender que isso é para o bem das pessoas”, ressaltou Caputo Neto.
A segurança da vacina é algo indiscutível, já que todas já comprovaram a sua efetividade e ajudaram a sociedade a controlar e exterminar doenças fatais. “As vacinas são seguras, os resultados estão mais que comprovados, a vacina da dengue é uma prova disso, é nova e se mostrou extremamente segura”, evidenciou. Vale lembrar que a campanha de vacinação contra a dengue não faz parte da multivacinação e inicia apenas no dia 20 deste mês.
HPV
Dentre as vacinas, uma das mais divulgadas nos últimos anos é contra o HPV. O público-alvo dessa campanha é composto por meninos na faixa etária de 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos, com aplicações de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Além disso, até março deste ano, a campanha foi ampliada para homens e mulheres, entre 15 e 26 anos. “Temos essa vacina que previne contra os cânceres no menino e na menina e vemos coberturas baixíssimas mesmo ampliando a faixa etária”, disse Caputo Neto.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina HPV Quadrivalente é segura, eficaz e a principal forma de prevenção contra o aparecimento do câncer do colo de útero, 4.ª maior causa de morte entre as mulheres no Brasil. Nos homens, protege contra os cânceres de pênis, orofaringe e ânus. Além disso, previne mais de 98% das verrugas genitais, doença estigmatizante e de difícil tratamento.
Ao todo, são ofertadas 19 vacinas para crianças e adolescentes
Crianças:
BCG (tuberculose);
Hepatite B;
Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras doenças bacterianas);
VIP (poliomielite injetável);
VOPb (poliomielite oral);
Rotavírus humano;
Pneumocócica 10 valente (meningite, pneumonia, otite, sinusite e outras doenças bacterianas);
Meningocócica C conjugada (meningite);
Febre amarela;
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
Tetra viral ou tríplice viral + varicela (atenuada);
DTP (difteria, tétano e coqueluche);
Hepatite A;
Varicela;
Adolescentes:
Hepatite B;
Febre amarela;
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
dT (difteria e tétano);
dTp acelular (difteria, tétano e coqueluche);
Meningocócica C conjugada (meningite);
HPV (papiloma vírus humano).
Fotos: Agência Estadual de Notícias