Na manhã de quarta-feira, 23, o prefeito Marcelo Roque se reuniu em seu gabinete com representantes de secretarias municipais que contam com serviços essenciais como Educação, Segurança, Saúde, Obras e Meio Ambiente. Na pauta, o chefe do Poder Executivo traçou estratégias com secretários devido à possível escassez de combustível nos próximos dias em decorrência da greve dos caminhoneiros, a qual entrou em seu terceiro dia.
Os caminhoneiros estão protestando em rodovias federais e estaduais, além de vias importantes em ao menos 17 Estados do País. A greve está causando falta de combustível em várias cidades e, em Paranaguá, não é diferente. “Com a greve, apenas veículos de passeio, ônibus e ambulâncias estão conseguindo passar pelas rodovias interditadas pelos motoristas. Com isso, não há como chegar combustível até Paranaguá. Sabemos que muitas outras cidades do País enfrentam a mesma dificuldade”, salienta o prefeito Marcelo Roque.
A cidade entrou em estado de alerta e, para que os serviços essenciais não sejam paralisados, algumas medidas de contenção serão tomadas. “Estamos com dificuldade de abastecimento dos veículos que compõem a frota municipal porque as empresas não conseguem chegar a Paranaguá”, afirma. “Por hora manteremos apenas a coleta de lixo doméstico. Estão suspensos o recolhimento de entulhos e recicláveis. Manteremos enquanto pudermos os serviços essenciais para a população como o ônibus escolar, segurança, e transporte de pacientes. Mas os demais veículos da prefeitura, de outras secretarias, permanecerão parados para que haja economia de combustível”, informa o prefeito.
“É um problema gravíssimo e estamos tomando medidas para manter nos próximos dias esses serviços essenciais e esperando que venha o quanto antes, uma solução desse impasse nacional para que Paranaguá não sofra interferência nesses trabalhos oferecidos à população”, ressalta Marcelo Roque.
Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel. “Ressaltamos que não somos contrários à greve, mas sim temos uma grande preocupação com relação aos trabalhos exercidos no nosso município”, observa o prefeito.
REDE MUNICIPAL DE ENSINO SEM AULA
Segundo a secretária Municipal de Educação e Ensino Integral, Vandecy Silva Dutra, devido à paralisação dos caminhoneiros que ainda não tem término previsto, como medida cautelar haverá suspensão das aulas nas escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) na quinta-feira, 24, e na sexta-feira, 25. “Recebemos um alerta da Viação Rocio que vão escassear os ônibus e serão determinados horários alternativos. O transporte escolar também ocasionará transtornos na chegada dos alunos nas escolas, bem como na entrada dos professores que utilizam este transporte. Além disso, os postos de gasolina na tarde de ontem estavam superlotados, assim professores não terão carros abastecidos também”, detalha os motivos para a suspensão das aulas.
“Aguardamos ansiosos o desfecho desta greve para que tão logo tomemos uma decisão mais favorável. Lembramos aos pais que estes dias serão repostos posteriormente, que não terão prejuízos à educação dos seus filhos”, explica Vandecy. “Vai causar um transtorno para os pais que trabalham, mas não é um problema causado no município, é um problema nacional e que, infelizmente, acarreta transtornos a todos os brasileiros. Neste momento pedimos a compreensão de todos para que a paralisação ocorra de forma ordeira e o mais rápido possível”, finaliza a secretária.
TRANSPORTE COLETIVO
Segundo a prefeitura, na quinta-feira, 24, e sexta-feira, 25, haverá alteração nos horários de ônibus de transporte coletivo da Viação Rocio. Segundo a Secretaria de Serviços Urbanos (Semsu), a empresa responsável decretou que os horários nestes dois dias serão os mesmos praticados nos sábados, devido ao baixo estoque de combustível e à greve de caminhoneiros. “A empresa nos informou que há combustível para esses dois dias e se o impasse nacional continuar, há a possibilidade de os serviços serem paralisados a partir de sábado, 26. Haverá uma diminuição da quantidade de ônibus nas ruas, com horários diferenciados. Pedimos a compreensão da população e lembramos que esta é uma situação nacional que acabou afetando também Paranaguá”, explica o secretário Cleomir Maia dos Santos.
*Com informações da Prefeitura de Paranaguá (Secom)