Manifestação apartidária pede mais segurança para Paranaguá

Na quinta-feira, 10, uma manifestação pacífica e apartidária em prol da segurança em Paranaguá será realizada a partir das 19h, com percurso programado para ser iniciado na Praça Portugal, ao lado do Colégio Estadual José Bonifácio, e encerrado na Câmara de Vereadores. De acordo com as organizadoras, Cíntia Cordeiro e Patrícia Ferreira Camilo, o objetivo é pedir aos órgãos públicos reforços e investimentos em prol da segurança pública em Paranaguá, tendo em vista os altos índices de violência registrados em 2018. A manifestação será totalmente apartidária, e a organização convida todos a vestirem branco e pacificamente saírem pelas ruas do município para demonstrar o pedido coletivo por mais paz e menos violência. 

“Estamos nos unindo a vários outros organizadores programando esta manifestação e convidando o povo parnanguara a nos ajudar, pois o que queremos é mais segurança para a nossa cidade. Não somos ligados a nenhum partido político, a ideia surgiu de vários relatos de pessoas nas redes sociais de que sofreram assaltos em diferentes horários do dia. Esta onda de criminalidade está grande, ainda mais se levando em conta que nossa cidade é relativamente pequena”, afirma Cíntia. “Paranaguá é uma cidade histórica importante, é a mãe do Paraná, é turística, se nós não temos segurança que moramos aqui, imagine pessoas que vêm conhecer nossa cidade”, questiona.

De acordo com Cíntia Cordeiro, a intenção é mobilizar o maior número possível de pessoas, para que a repercussão do manifesto seja grande e chegue à Secretaria Estadual de Segurança Pública para que tome providências no reforço da segurança local. “A criminalidade é constante e isto se percebe nas ruas, nos relatos das redes sociais e jornais locais, pela grande presença de matérias policiais de crimes. Isto tem assustado muito a população e os comerciantes, que também precisam nos ajudar, assim como alunos de faculdades, trabalhadores e pessoas que não têm paz no seu dia a dia. A segurança é um leque, se ela não funciona na sua base, acaba atingindo outras áreas como educação e saúde”, completa, destacando que a insegurança prejudica até mesmo atendimento nas unidades municipais de saúde.

MOVIMENTO APARTIDÁRIO E COLETIVO

“Iremos nos encontrar na Praça Portugal, às 19h, e nos concentraremos lá por 10 minutos, saindo pela Estradinha, passando pelo Hotel Camboa e chegando até a Câmara Municipal no horário da sessão legislativa. Nossa intenção é que a população se una aos governantes em prol de resposta para o que está acontecendo com a segurança em Paranaguá”, explica Patrícia. “Pedimos para que os cidadãos compareçam de camiseta branca, simbolizando a paz. Não estamos apoiando nenhum lado partidário, apenas levando a população para a rua como um pedido de socorro. Pedimos também para que não compareçam com fogos de artifício, respeitando os animais e na frente do Hospital Regional do Litoral (HRL) faremos silêncio. Venham para a rua, a união faz a força”, complementa.

De acordo com as organizadoras, os manifestantes podem sair a pé, de motocicleta, bicicleta, carro, enfim, sendo que o horário do manifesto não será amplo, visando que seja um período flexível para o maior número de manifestantes possível. “Sairemos em tranquilidade e organizados em direção à Câmara. Quem sabe estaremos criando uma tribuna aberta para a população falar e reivindicar os seus direitos, ampliando diálogo com os vereadores, montando até mesmo um comitê para dialogar com o secretário estadual de Segurança Pública”, explica Cíntia.

“Queremos eficácia e rapidez no nosso pedido de socorro, pois Paranaguá está precisando urgente de mais segurança e também uma ajuda aos policiais que já estão trabalhando. Queremos também mais reforços policiais de contingente e viaturas para os nossos policiais, pois não é fácil trabalhar no litoral inteiro com esta onda de criminalidade. Tem mais bandido que policial. Outra reivindicação é a possível volta dos módulos policiais nos bairros, que eram muito eficazes pela rapidez de atendimento. Convidamos a população para se juntar conosco e fazer com que nosso grito seja ouvido”, finaliza Cíntia.