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Cidadania

Conselho Tutelar realizou mais de 2.570 atendimentos em 2017

Palestra foi ministrada pela delegada do Nucria, Maria Nysa Moreira Nanni

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Na tarde de terça-feira, 10, o Conselho Tutelar de Paranaguá realizou sua segunda audiência pública em 2017 aberta para toda a sociedade parnanguara, que contou com uma palestra ministrada pela delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), Maria Nysa Moreira Nanni. De acordo com o presidente do Conselho Tutelar de Paranaguá, Getúlio Rauen, o objetivo foi demonstrar as atribuições do órgão para garantir a prioridade de políticas públicas em prol da população infantil e adolescente do município. 
Segundo Getúlio Rauen, o Conselho é um órgão democrático, com membros eleitos pela população, que atualmente trabalha em Paranaguá, principalmente para enfrentar principalmente a questão da drogadição, exploração e abuso sexual, evasão escolar e conflito familiar na vida de centenas de crianças e jovens parnanguaras.

“Apresentamos dados de atendimentos realizados de janeiro a setembro de 2017, passando as violências contra as crianças, abordando sobre as atribuições do Conselho Tutelar e dos equipamentos que atendem crianças e adolescentes, algo reforçado com a palestra da delegada do Nucria, Maria Nysa, apresentando colaborações pertinentes para a área com o tema da palestra: A Família que Queremos”, completa.

“A nossa intenção foi fazer com que as famílias entendam que, infelizmente, existam em Paranaguá muitas crianças e adolescentes com direitos violados, em que os pais precisam se posicionar e zelar pelos direitos deles. Queremos famílias participativas, presentes no dia a dia das crianças”, completa Rauen. De acordo com o presidente, entre janeiro e setembro de 2017, noventa e cinco denúncias foram feitas de abuso e exploração sexual infantil em Paranaguá, com cinco casos de trabalho infantil. “Ao todo foram feitos 2.570 atendimentos no Conselho Tutelar, em nove meses, abordando todos os tipos de denúncia”, explica.

 

DELEGADA DESTACA PAPEL DA FAMÍLIA 

Para uma plateia com mais de 100 pessoas no Teatro Rachel Costa, a delegada do Nucria, Maria Nysa Moreira Nanni, repassou o dia a dia de combate a casos de exploração sexual infantil, violência e outros crimes cometidos contra adolescentes e crianças em Paranaguá, em que ressaltou o papel essencial da família para efetuar as denúncias, prevenir os casos e colaborar na formação destes cidadãos do futuro.

“Precisamos entender que a família não pode ser simplesmente uma entidade que só pelo fato de se chamar família é perfeita. É necessário fazer uma autocrítica, um esforço conjunto para que a família tenha um ambiente saudável, trabalhando diariamente com os filhos, eles não podem ser criados pela televisão, rede social e brinquedos. Isso não é educar. Simplesmente dar brinquedo, dar roupa e matrícula na escola não é o suficiente”, destaca. 

Outra crítica repassada na palestra é que a sociedade compreenda a necessidade de não enquadrar que todas as famílias são perfeitas e sem problemas. “Não podemos fermentar problemas e fazer crianças crescerem em um ambiente disfuncional, sem respeito, cuidando de quem precisa de cuidado. Isto gera várias implicações emocionais e psicológicas nas crianças, com adultos no futuro que não serão preparados para enfrentar a vida”, explica. 
A delegada Maria Nysa fez questão de destacar que o silêncio não pode calar abusos de crianças, em que famílias e cidadãos devem estar denunciando continuamente às autoridades estes casos para o encaminhamento necessário, evitando com que crimes aconteçam e até mesmo mortes de crianças e adolescentes.

 

CONSELHO TUTELAR 

Presidente do Conselho Tutelar, Getúlio Rauen, frisou viés democrático do órgão e de defesa contínua dos direitos da criança e do adolescente

 

“A existência do Conselho Tutelar, prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é para que se faça um estudo da realidade das crianças e adolescentes, zelando pelos seus direitos e vendo se estão sendo respeitados. Ele não tem a responsabilidade de criar o filho dos outros e abrigar, ele faz encaminhamentos para o abrigo quando necessário. “Pais precisam ter capacidade de criar os filhos”, explica a delegada do Nucria.

A superintendente da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Gisele Cristina da Silva, representando o prefeito Marcelo Roque, destacou a satisfação de participar da audiência pública com presença da população, reforçando o viés democrático do evento. “Tratamos a questão da criança e do adolescente como prioridade nas políticas públicas aplicadas pela Prefeitura de Paranaguá”, finaliza.

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