conecte-se conosco

Centro de Letras

Um Chafariz desconhecido

Conheci o chafariz ao ler uma pesquisa sobre Paranaguá e quando visitei a peça fiquei muito surpreso

Publicado

em

Conheci o chafariz ao ler uma pesquisa sobre Paranaguá e quando visitei a peça fiquei muito surpreso, pois era diferente de tudo na cidade. Segundo a pequena placa de identificação (estranhamente posicionada no chão e atrás do monumento) ele seria um mero produto industrial, oriundo da fundição Indígena, do Rio de Janeiro. Foi inaugurado em 18 de Janeiro de 1914, na praça Pires Pardinho, “como monumento comemorativo do abastecimento de água”, durante o mandato de Caetano Munhoz da Rocha. Com o loteamento da região, levaram-no ao Rocio. Em 1998, nos 350 anos da cidade e gestão do prefeito Mario Roque, instalaram o chafariz no local atual.

Da região do Campo Grande, primeira casa do chafariz, resta apenas um “pequeno recanto”, criado por Vicente Elias em 1980, para garantir que o antigo logradouro não caísse no esquecimento. A placa no local não data o loteamento e nem cita o chafariz instalado ali em 1914. Conversas com parnanguaras indicam a transferência entre os anos 50 e 60, mas nada confirmado.

Sobre a estadia no Rocio, a única informação pública era o site da prefeitura, explicando que o Santuário possuía um chafariz ornamentado com caras de leão e trazido da Inglaterra. Não são “caras de leão” e sim carrancas de um ser que se parece com o deus Baco.

A história do monumento, pelo menos a partir das fontes disponíveis ao público, estava incompleta, impossibilitando conhecer sua origem. Isso aumentou minha curiosidade, afinal, se fosse mesmo inglês, como informava o site da prefeitura, poderia vir de alguma fundição importante. Talvez fosse mais que uma simples peça de fábrica. Resolvi procurar o Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá e acabei encontrando mais contradições na história do chafariz.

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

Publicidade










Em alta

plugins premium WordPress