Acabou o mistério. O secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior, apresentou na Assembleia Legislativa o balanço do terceiro quadrimestre de 2018, que mostrou a situação financeira do Estado herdada pelo novo Governo. Quem não perdeu uma sílaba foi o seu antecessor, José Luiz Bovo, que da tribuna de honra municiava alguns deputados com informações que pudessem rebater os números que estavam sendo apresentados. A grande questão era: quanto dinheiro foi deixado efetivamente pelo Governo anterior? Garcia Junior mostrou que apesar do superávit de R$ 2,2 bilhões somente R$ 192 milhões estavam realmente disponíveis em caixa para serem utilizados. E foi taxativo: quem duvidar dos cálculos pode contratar uma auditoria externa para checar. Segundo ele, sua apresentação foi puramente técnica, por isso não entraria em embates onde a narrativa era política. E fim de papo.
Chega pra lá
Renê Garcia deu um “chega pra lá” no deputado petista Professor Lemos, que insistia na defesa da pauta corporativista do funcionalismo por aumento de salário. “Não estamos falando do mesmo estado e nem do mesmo País”, retrucou o secretário, quando confrontado com a tese de que está sobrando dinheiro no caixa do tesouro estadual.
Sem margem
O líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri, disse que o governo está fazendo um grande esforço para cortar despesas e fazer frente a três grandes demandas: a reposição salarial do funcionalismo público; a contratação de novos funcionários para atender áreas prioritárias como segurança, saúde e educação; e a realização de investimentos. Bakri comentou a apresentação do secretário da Fazenda dizendo que “a situação do Estado é boa, mas não tem os R$ 5 bilhões em caixa que haviam sido informados pelo governo anterior”.
Da Redação ADI Curitiba
Foto: Geraldo Bubniak/ANPr