Ciência e Saúde

1.ª Regional de Saúde promove evento para debater o suicídio

Esta é a 4.ª principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos

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No Brasil, a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida e, tendo esse dado alarmante como tema, a 1.ª Regional de Saúde realiza, no dia 26 de setembro, um evento inédito em Paranaguá. Profissionais da área da saúde e demais interessados vão participar de uma Mobilização Regional de Prevenção do Suicídio, em virtude do Setembro Amarelo, uma campanha nacional que tem como objetivo diminuir esse alto número de mortes precoces no País.

O evento acontece no auditório do Instituto Superior do Litoral do Paraná (Isulpar), das 8h30 às 12h30, e toda a população está convidada para participar e conhecer mais sobre o assunto com especialistas da área. A assistente social e responsável pela área técnica de saúde mental da 1.ª Regional de Saúde, Marcia Silvana Fernandes, explicou com que objetivo a mobilização será realizada em Paranaguá.

“O evento é aberto ao público e tem como objetivo esclarecer a comunidade e profissionais de saúde, educação, assistência social, dentre outros, sobre a prevenção, as formas de apoio e acolhimento, bem como dar visibilidade à campanha de prevenção do suicídio”, frisou Marcia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a 4.ª principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos. “O suicídio é um importante problema de saúde pública. Por isso, dar visibilidade ao tema é uma medida preventiva para que a população e os profissionais de diversos órgãos possam reconhecer as principais causas e formas de ajuda. O suicídio pode ser evitado se for identificado previamente”, disse Marcia.

As Unidades Básicas de Saúde e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) podem prestar atendimento para pessoas que se encontram em situação de risco. “Destaca-se também o trabalho do Centro de Valorização da Vida (CVV) que pode dar apoio emocional pelo telefone 188, a ligação é gratuita e sigilosa”, ressaltou Marcia.

As inscrições para a Mobilização Regional de Prevenção do Suicídio devem ser realizadas através do link: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=50142. “Você não está sozinho. Venha participar desta mobilização, as inscrições são gratuitas”, enfatizou Marcia.

PROGRAMAÇÃO

No dia 26 de setembro, quinta-feira, das 8h30 às 9h, acontece o acolhimento dos participantes pela 1.ª Regional de Saúde. Logo em seguida, o diretor da 1.ª Regional, José Carlos de Abreu, realizará a abertura do evento. Às 9h30, inicia a palestra da psicóloga Flavia Caroline Fingel, da Divisão de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa).

Às 10h30, o voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), Quintino Dagostin, apresentará o seu trabalho na prevenção ao suicídio. Depois, haverá uma apresentação das ações que são realizadas no município, abertura para debate e encerramento.

CAPACITAÇÃO

A profissional de saúde destacou que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com a Escola de Saúde Pública do Paraná e com o médico Neury Botega elaboraram o Curso de Prevenção do Suicídio na modalidade de ensino a distância para toda a população com duração de 65 horas. Este curso está disponível pelo link: http://pr.avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/curso.php?id=18.

“No litoral, o Comitê Regional de Saúde Mental tem debatido e articulado ações de saúde e esta primeira mobilização regional é fruto das ações intersetoriais do comitê”, afirmou Marcia.

CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA

O evento conta com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias, através do número 188.

De acordo com o CVV, que realiza diversas ações durante o Setembro Amarelo, o suicídio é um assunto complexo, pois ninguém se mata por um único motivo, mas a prevenção é possível e algumas ações podem ser feitas por todas as pessoas. Permitir que as pessoas desabafem e falem sobre seus sentimentos sem receber críticas é um meio de evitar que se pense na morte como solução para as dores. A morte em si já é um tabu. Morte por suicídio costuma ser ainda mais, pois toca em questões de escolhas, crenças e barreiras sociais. Nesse sentido, muitas vezes há pouco debate e divulgação”, garantiu o CVV.

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