Prudência é uma palavra que vem do termo grego “phronesis”, espécie de sabedoria prática, sabedoria do agir, para o agir e no agir. É uma virtude considerada como a gestora, governadora das demais. É a razão, o bom senso. Farol, bússola, radar, termômetro para guiar a Maçonaria e os homens no caminho da vida, em todas as situações.
São Tomaz de Aquino mostra que “das quatro virtudes cardeais, a prudência é a que deve reger as outras três, temperança, coragem e justiça”. A prudência não reina, mas governa. Não basta propagar justiça, conclamar para posicionamentos, nem amar a paz para ser pacífico. É preciso, além disso, a boa deliberação, a boa decisão, a boa ação, o bom chamamento, a mobilização que una e nunca divida. A prudência deve examinar as vantagens e as desvantagens de tomar posicionamentos ou não, para evitar um sofrimento maior no futuro. Por isso Aristóteles dizia: “não é possível ser homem de bem sem prudência, nem prudente sem virtude moral”.
Ao pensarmos em alguma virtude, nunca é demais lembrar as palavras de François-Nicolas-Madeleine, no Evangelho Segundo o Espiritismo de Alan Kardec, que conceitua o termo em questão, como o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Lembrando ainda que “aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho”.
A vida sob preceitos maçônicos, para ser vivida em sua plenitude, na busca constante pelo melhor do EU interior, não seria justa e perfeita se esta virtude cardinal, a Prudência, não fosse falada e discutida à exaustão. O dicionário define esta virtude como a que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos. Tendo sua origem etimológica na palavra “Prudentia” do latim, que significa previsão, sagacidade. No Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, ela é definida como a virtude que precisa de muito esforço e uma conduta calcada na bravura e na prudência para ser vitorioso: um só passo em falso põe tudo a perder”.
Dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida.
Para a mitologia grega, a origem da palavra está no termo phronésis, que é uma espécie de sabedoria prática, sabedoria do agir, para o agir e no agir.
Sendo assim tão importante, mister se faz discuti-la com mais afinco, afim de se ter sempre em mente a importância de, seja no planejamento ou na execução, ter como farol ordenador esta nobre virtude, evitando os dissabores que as ações impensadas podem causar, sem esquecer que, muitas vezes, uma única ação executada sem levar em conta esta virtude cardinal pode arrasar um projeto de uma vida toda, como reforça Sun Tzu ao dizer que “é a figura que ilustra nossa capa” é intitulada ‘PRUDÊNCIA’, um quadro de Luca Giordano, um pintor Italiano nascido em 1634, e mostra a necessidade de estar constantemente se observando, retratado pelo espelho refletindo a face, cuidando dos perigos ao redor, ao segurar a cobra, e oculta uma segunda face voltada para trás, mostrando claramente a importância de se olhar para todos os lados, ver todas as possibilidades antes de agir, para que se aja com prudência.
Leiamos as palavras do Mestre dos Mestres, registradas em Mateus 10:16: “Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas.” E, assim, sigamos no caminhar de nossas vidas, atentos aos movimentos de todos que estão ao nosso redor, mas principalmente aos nossos próprios movimentos.
Sedes prudentes, pois esta é a mãe de todas as virtudes e dela todas as demais poderão ser evidenciadas ou apagar-se-ão no turbilhão da dúvida e da incerteza.
Yassin Taha
Dep.Federal GOB