As novas indústrias de óleo e refinaria de óleo de soja construídas na margem da Br 163, entre Dourados e Caarapó, no Mato Grosso do Sul, foram inauguradas nesta segunda-feira (25). A cerimônia de inauguração contou com a presença da diretoria da Coamo, da ministra da agricultura, Tereza Cristina, do governador Reinaldo Azambuja, e de lideranças e autoridades de Dourados e do Estado.
As novas indústrias foram aprovadas pelos associados em assembleia geral extraordinária, realizada em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), em 23 de março de 2016, e em 06 dezembro do mesmo ano, foi lançada a pedra fundamental. As obras iniciaram em 2017, em uma área construída de 92 mil metros quadrados.
Foram investidos mais de R$ 780 milhões na planta industrial que tem capacidade para processamento de 3.000 toneladas/dia de soja, produção de farelo de soja e uma refinaria para 720 toneladas/dia de óleo de soja, equivalente a 15 milhões de sacas. Com as indústrias de Dourados, somados aos outros dois parques industriais, a Coamo amplia a capacidade de processamento de soja para 8 mil toneladas/dia e a de refino para 1.440 toneladas/dia de óleo de soja refinado. As unidades garantirão 300 novos empregos diretos.
José Aroldo Gallassini, presidente da cooperativa, destacou a necessidade da construção das novas indústrias e a escolha da região de Dourados para instalação.
“O volume de soja recebido pela Coamo no Mato Grosso do Sul comporta perfeitamente a instalação de uma moderna indústria esmagadora de soja e de uma refinaria de óleo de soja na cidade, justificando plenamente a redução de custo com o transporte do produto já industrializado ao invés de transportá-lo in natura para a industrialização em Campo Mourão ou em Paranaguá”, explicou.
Reinaldo Azambuja, governador do Mato Grosso do Sul e também cooperado da Coamo, elogiou a iniciativa da cooperativa paranaense. “A Coamo potencializou investimentos na região. Isso é uma prova real de confiança e de cumplicidade nossa, para dar uma mais competividade à economia e diversificação da produção”, argumentou Azambuja.
Para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o momento do agro no país tem se destacado. Além de citar a abertura de divisas que o governo federal tem conseguindo com outros países para receber produtos brasileiros, ela destacou os benefícios da indústria instalada pela cooperativa no interior de Mato Grosso do Sul.
“A Coamo está agregando valor a esse grão abençoado, que é a soja”, disse, para completar em seguida. “Os agricultores são responsáveis pela paz no país, diante da fartura produzida por aqui e mandar nossos produtos a 180 países. A cada quatro pratos de comida servido no mundo, um é de nossa responsabilidade”, resumiu.
A ministra destacou que este é um dos maiores empreendimentos da América Latina para esmagamento de soja. As indústrias agregarão valor à soja exportada, com a produção de farelo e refino de óleo.
“No momento em que o Brasil exporta, abre mercado, ter mais produtos de valor agregado à nossa soja, em forma de farelo e óleo, é importantíssimo. Vamos ter mais farelo à disposição da suinocultura, avicultura e bovinocultura. São empregos de mais qualidade, só ganhos”, afirmou.
Tereza Cristina ressaltou ainda que está em negociação a abertura do mercado da China para o farelo da soja brasileira.
Participaram do evento o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini; Ministra da Agricultura, Tereza Cristina; o governador Reinaldo Azambuja; o senador Nelsinho Trad (PSD-MS); a prefeita de Dourados, Délia Razuk; o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio; o diretor da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Márcio Madalena; e o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.