A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) anunciou na quinta-feira, 15, investimentos privados de R$ 5,1 bilhões nos dois portos. Os projetos, que incluem novos terminais e arrendamentos, renovações de contratos e rearrendamentos de áreas públicas, foram detalhados pela Appa para representantes do setor produtivo, agricultura, a indústria, o comércio e instituições financeiras.
O plano de investimentos previstos pela Appa para os portos do Paraná prevê um cenário até 2030. Neste período, a demanda de movimentação de cargas no Paraná deverá saltar das atuais 45 milhões de toneladas para 83 milhões.
“O Porto hoje é o grande indutor de investimento do Estado e, justamente por isso, estamos ampliando as discussões sobre a modernização de ferrovias e rodovias”, declarou o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. “Serão R$ 939 milhões em investimentos públicos até 2018 para fortalecer a competitividade aos portos e trazer segurança para a iniciativa privada”, completou Richa Filho.
PREVISÃO
Entre os investimentos estão R$ 1,4 bilhão em novos Terminais de Uso Privado, R$ 1,2 bilhão em arrendamentos do Programa de Investimentos em Logística (PIL), R$ 960 milhões em renovações antecipadas de áreas, R$ 820 milhões em contratos de passagem e R$ 700 milhões em rearrendamentos de áreas públicas ocupadas.
“Criamos um ambiente favorável ao investimento, com dezenas de obras que incluem a reforma do cais, campanhas periódicas de dragagem, troca de shiploaders e, ao longo do ano que vem, a extensão do Cais Oeste”, destacou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
“Estas obras, somadas à troca das balanças, reforma dos acessos, instalação de scanners de carga, construção de dois novos prédios e troca da iluminação contribuíram para 27 recordes históricos de aumento de movimentação nos últimos 18 meses no Porto de Paranaguá. Isto tudo é resultado de uma agenda positiva entre os governos de Estado, Federal, Appa e iniciativa privada na busca pelo aumento da capacidade instalada dos portos paranaenses”, completou Dividino.
CONTRATOS DE PASSAGEM
São cerca de R$ 820 milhões em projetos autorizados ou já em execução na interligação da área privada e berços públicos do Porto de Paranaguá.
Entre os investimentos estão novos silos e correias da AGTL, Coamo, Rocha, Moinhos Iguaçu, Gransol, Gencon, Diamond e Sipal, incrementando em 15 milhões de toneladas/ano a capacidade do porto, além do projeto da CBL no píer de inflamáveis de Paranaguá e da Interbulk no Porto de Antonina.
RENOVAÇÕES ANTECIPADAS
Alguns terminais ainda com contrato de arrendamento vigente com a Appa solicitaram as renovações de concessão antecipadamente, mediante a apresentação de um programa de investimentos para o período.
Somente nesta modalidade, o Terminal de Contêineres de Paranaguá, o Terminal Ponta do Félix de Antonina e a Fospar vão investir R$ 960 milhões, conferindo mais 12 milhões de toneladas por ano em movimentação em novos armazéns, prolongamento do cais e demais obras.
ARRENDAMENTOS DO PIL
Seis novas áreas públicas serão arrendadas no Programa de Investimentos em Logística. São quatro terminais para operação de granéis sólidos, uma área para carga geral florestal, como papel e celulose, e mais um pátio de veículos, somando investimentos previstos de R$ 1,2 bilhão.
A expectativa é que estes leilões aconteçam ainda no primeiro trimestre de 2017 e que, ao final das obras, sejam incrementadas 6 milhões de toneladas na capacidade de movimentação anual do porto.
REARRENDAMENTOS
Há também a previsão de regularizar áreas que estão em operação, mas com contratos de arrendamento já vencidos. Ao todo, são quatro terminais que somam 120 mil metros quadrados, tanto de granéis sólidos como líquidos. Os investimentos neste caso serão de R$ 700 milhões.
TERMINAIS DE USO PRIVADO
Com a revisão da poligonal, abriu-se a oportunidade de construção de novos portos privados no litoral paranaense. Há dois projetos de Terminais de Uso Privado (TUPs) em fase de estudos e licenciamentos ambientais.
O mais avançado deles é o Porto de Pontal, com projeto de um terminal com quatro berços de atracação, sendo dois de granéis líquidos e dois de granéis sólidos. O outro é o Porto do Embocuí, em Paranaguá, com possibilidade de ser um TUP com oito berços de atracação. A expectativa é que até 2030 os dois portos somem uma capacidade de operação de 20 milhões de toneladas ao ano.
Da Assessoria da Appa