Cumprir sua missão com mais êxito que seus concorrentes. É o que o Estado do Paraná vem demonstrando em relação aos outros Estados quando se fala em ambiente de negócios. Pelo segundo ano consecutivo, o ranking Competitividade dos Estados Brasileiros destacou o Paraná como o segundo mais competitivo do País e rendeu o prêmio “Destaque Internacional de Competitividade dos Estados”, que foi entregue ao governador Beto Richa, em São Paulo.
O Paraná está entre as cinco melhores posições em oito dos dez pilares de um conjunto de 65 indicadores analisados em todas as unidades da federação e alcançou nota 76,9 no ranking. Foi superado apenas por São Paulo (88,9), mas classificou-se à frente de Santa Catarina (74,3), Distrito Federal (66,8) e Mato Grosso do Sul (65,1).
“Este tem sido um ano difícil para todas as unidades da federação. Mas os Estados que fizeram maior esforço em busca do equilíbrio fiscal e procuraram formas criativas para contornar a crise, como é o caso do Paraná, ficaram melhor posicionados no ranking”, disse o governador. “A questão fiscal foi chave para o bom desempenho”, acrescentou.
Para o governador, o fato de o Paraná se manter em segundo lugar neste importante ranking “traduz o esforço conjunto dos cidadãos, das empresas e do poder público estadual no trabalho contínuo para melhorar a qualidade de vida das famílias paranaenses”, afirmou Richa, ao receber o prêmio.
INDICADORES
O ranking de competitividade é elaborado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), divisão de análise do grupo The Economist, em parceria com o Centro de Liderança Pública (CLP) e a Tendências Consultoria.
A diretora executiva do CLP, Luana Tavares, afirmou que os Estados enfrentam grandes desafios neste ano, com recessão, restrições orçamentárias e queda na arrecadação, com redução nos investimentos. Segundo ela, embora São Paulo, Paraná e Santa Catarina sigam como os três mais competitivos do País, houve mudanças importantes no ranking deste ano. Alguns estados desenvolvidos perderam competitividade, como o Rio Grande do Sul, que caiu três posições, e o Espírito Santo, que foi da quinta para sexta posição.
A análise dos Estados utiliza indicadores internacionais de países que compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e estabelece uma pontuação que vai de 0 a 100. O Paraná teve performance acima da média em quesitos como emissão de poluentes, registro de patentes, solvência fiscal, saneamento, educação e custo de mão de obra.
A pontuação de cada Estado leva em conta 65 indicadores distribuídos em 10 pilares considerados essenciais para o bom ambiente de negócios: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, capital humano, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.
COMO CHEGAMOS LÁ
No caso do Paraná, a boa posição no ranking significa que o governo está fazendo sua parte, ao aumentar a eficiência da gestão e garantir a solidez fiscal, equilibrando as finanças. “Isso permitiu ampliar os investimentos em infraestrutura e nas políticas sociais. Buscamos o desenvolvimento econômico com sustentabilidade social e ambiental e com mais aportes na inovação, na ciência e tecnologia, na educação e na saúde”, disse Richa. “É isso que nos dá a capacidade de satisfazer as necessidades e expectativas dos cidadãos.”
O governador destacou o ajuste fiscal feito pelo Paraná como uma alavanca que ajudou o Estado a atingir o equilíbrio financeiro e permitiu a retomada do ritmo de investimentos. “Realinhamos as alíquotas de alguns impostos que estavam defasadas, aumentamos as receitas em 2,5% e reduzimos as despesas em 7,5%. Foram cortados mil cargos comissionados, estrutura de cinco secretarias foi eliminada e adotamos medidas para fazer nossa reforma da previdência”, disse. “Foram medidas duras, que me custaram a popularidade e geraram críticas severas, mas essa atitude permitiu ao Estado ter solidez fiscal e retomar investimentos. Há um ano e meio eu afirmava que o Paraná seria o primeiro a fazer a lição de casa e, também, seria o primeiro a sair da crise”, afirmou Richa a seus interlocutores.
Para o governador, a solidez fiscal, o diálogo com o setor privado e a segurança jurídica são requisitos fundamentais para ser competitivo e atrair investimentos. E o Paraná tem garantido essa posição. “Em cinco anos, atraímos mais de R$ 40 bilhões em investimentos pelo programa de incentivos Paraná Competitivo. São dezenas de empresas que estão gerando milhares de novos empregos e gerando renda para nossa gente”, defende.