Ciência e Saúde

Paraná fecha 2016 com investimento de R$ 6 bilhões em vacinação contra a febre amarela, afirma Richa

O motivo é o alerta emitido pelo Ministério da Saúde

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A Secretaria de Estado da Saúde recomenda que as equipes municipais reforcem o trabalho de vacinação contra a febre amarela na rede pública de saúde para as pessoas que irão viajar para regiões de risco para a doença. O motivo é o alerta emitido pelo Ministério da Saúde, referente a um possível surto de febre amarela em 21 cidades do Estado de Minas Gerais.

Até o momento, pelo menos 110 casos suspeitos foram notificados, com 30 mortes em investigação. As ocorrências foram registradas na área rural, mas há o risco da doença também ser reintroduzida no meio urbano. Desde 1942, nenhum caso urbano é registrado no País.

De acordo com o diretor-geral da Sesa, Sezifredo Paz, a situação exige cautela. “A principal forma de prevenção é a vacina. Toda pessoa que vai se deslocar para regiões de risco, como áreas de matas e rios e estados e países com circulação da doença, deve ser imunizado”, ressaltou.

A vacina está disponível nas unidades de saúde pelo sistema público e deve ser tomada até dez dias antes da viagem para que o organismo possa produzir os anticorpos necessários. Para garantir a imunidade, são necessárias pelo menos duas doses ao longo da vida, sendo que o reforço é aplicado 10 anos após a primeira dose.

No calendário básico, a vacina contra a febre amarela é indicada para crianças aos 9 meses de idade e depois um reforço aos quatro anos de idade. Contudo, qualquer pessoa maior de 6 meses pode tomar a vacina na rede pública até os 60 anos. Nestes casos, é preciso ser residente ou ter viagem marcada para Áreas com Recomendação da Vacina (veja box).

No Paraná, as doses são aplicadas nas unidades básicas de saúde. "Em caso de dúvidas, é importante que o cidadão compareça ao posto de vacinação mais próximo e verifique como está o esquema vacinal", orienta o chefe da Divisão Estadual de Imunização, João Luís Crivellaro.

 

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Entre as contraindicações estão: maiores de 60 anos, gestantes, mulheres que estejam amamentando, crianças menores de seis meses e imunodeprimidos. O ideal é que quem faz parte de algum desses grupos procure orientação médica para saber como proceder.

A DOENÇA

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, que, se não tratada rapidamente, pode levar à morte em cerca de uma semana. Na área rural ela é transmitida por mosquitos silvestres, o Haemagogus, e a urbana é transmitida pela picada do Aedes Aegypti, o mesmo que transmite a dengue. “Embora os vetores sejam diferentes, o vírus e a evolução da doença são iguais e não há transmissão de uma pessoa para outra”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.

A transmissão do vírus ocorre quando o mosquito pica uma pessoa ou macaco infectados, normalmente em regiões de floresta e cerrado, e depois pica uma pessoa saudável, que, ao retornar para a cidade, possibilita a transmissão para outras pessoas pelo Aedes Aegypti, podendo causar surtos de febre amarela nas áreas urbanas.

“O fato do transmissor da febre amarela urbana ser o mesmo da dengue e de outras doenças sérias reforça a necessidade de as pessoas manterem suas casas e quintais livres de recipientes que acumulam água e que possam se tornar criadouros do mosquito”, lembra a superintendente.

 

Foto: Divulgação

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