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Valmir Gomes

Valmir Gomes

Vocês vão me perguntar. Desta vez quem morreu?

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FUTEBOL DE LUTO

Vocês vão me perguntar. Desta vez quem morreu? Eu respondo com a tristeza do amante, que perdeu a amada para um indivíduo qualquer. Em algumas situações não precisa ter óbito, para você ficar enlutado. Às vezes o fato inesperado, uma traição por exemplo, ou um ato de tocaia, contra algo que você gosta e respeita, pode te deixar com o coração entristecido, tanto quanto uma morte de alguém querido. O ser humano por natureza e o brasileiro por excelência, tem estas reações. Eu não sou diferente. O que aconteceu na Arena domingo, quando a Federação Paranaense de Futebol, num ato mesquinho impediu a realização do clássico Atletiba, num desrespeito aos dois clubes, aos profissionais destes clubes, e aos milhares de torcedores que estavam no campo, no rádio, na internet, espalhadas por este mundo de Deus. Foi a tentativa de matar o nosso futebol, atingindo as duas maiores instituições esportivas do Estado. Não matou porque a dupla Atletiba é imortal. Mas deixou o futebol de luto.

 

REPÚBLICA DE CURITIBA

Caro Presidente Hélio Curi, como seu amigo de longa data, me permita discordar da sua atitude, foi um ato insensato, um tiro no pé, um gol contra o nosso futebol. Seu cargo exige, honestidade, experiência, isto você tem de sobra, porém exige também, diálogo, aproximação com os clubes, bom senso, atos políticos na acepção do termo, não ter rancor nem magoas dos afiliados, muito menos usar subterfúgio como o deste domingo. Gente era para ser um dia festivo, deu tudo errado, ficou a coragem da dupla Atletiba em enfrentar as mazelas do futebol brasileiro. Como me disse o presidente do Conselho do Atlético um dia. "Valmir o futebol mudou, o tempo do romantismo no futebol pertence ao passado, daqui para frente o futebol será tratado como um grande negócio." Domingo mais do que nunca o futebol foi um jogo de interesses comerciais. A Federação e a rede Globo e sua afiliada RPC de um lado, a dupla Atletiba irmanada mais do que nunca do outro. Nas arquibancadas os torcedores não acreditavam no que viam, num civismo sem igual neste lado do Mundo, usaram a forma mais inteligente e pacífica de protestar. A vaia e os cânticos contra o que julgavam estar errado. Só na República de Curitiba, poderia acontecer o que aconteceu, com um final pacifico dentro da Arena. O risco foi grande de uma tragédia, porém o deus do futebol estava de plantão em Curitiba.

 

PARANÁ CLUB LÍDER

O campeonato seguiu seu rumo independente do ocorrido no clássico Atletiba, e o novo Paraná Club venceu mais uma e lidera a competição. Num jogo de dois tempos distintos, o PSTC deu as cartas na primeira etapa, só não abrindo o placar porque o goleiro do Paraná, pegou até pensamento. No segundo tempo o tricolor da vila melhorou de produção, e fez o suficiente para vencer e liderar a competição. Sábado no Eco Estádio o J Malucelli perseverou o tempo inteiro em busca do gol, até que nos acréscimos o eficiente Vilson fez um golaço e botou o Jotinha na vice- liderança. Lá longe em Cianorte, o Rio Branco lutou muito mas não conseguiu pontuar. Perdeu mais uma e foi para o limite dos classificados, está em oitavo lugar. O bom time do Toledo confirmou sua ascensão técnica vencendo o Foz por 2×1 subindo na tabela. Começa a esquentar a briga pela classificação. Tomara que o ocorrido no Atletiba seja um fato isolado, que não abra precedentes no campeonato.

 

HÉLIO ALVES E FAMÍLIA

O árbitro  do Atletiba  que não aconteceu, por motivos já explicados Paulo Alves tem como pai o Paulo Roberto Alves e seu avô era nada mais nada menos que João Hélio Alves. O parnanguara Hélio Alves de saudosa memória, fez de tudo no Seleto e no Rio Branco, foi de jogador a presidente. Um dia o Coritiba foi buscar Hélio em Paranaguá para comandar o time, Hélio tomou conta da cidade grande. Foi campeão por onde passou, uma lenda do nosso futebol. Paulinho seu filho seguiu seus passos como grande supervisor, hoje presta serviços à Chapecoense. O neto virou juiz de futebol dos bons, sonhava apitar um clássico Atletiba, foi escalado e por motivos já expostos ficou apenas no sonho. Por enquanto. A família do Hélio Alves nosso respeito, carinho, e gratidão.


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