Fábio Campana

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Um espetáculo um tanto deprimente. Espelha a falência de nossas instituições políticas. O deputado Sérgio Zveiter, do PMDB, relator da...

Espetáculo deprimente

Um espetáculo um tanto deprimente. Espelha a falência de nossas instituições políticas. O deputado Sérgio Zveiter, do PMDB, relator da denúncia contra o presidente Michel Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na Câmara, apresentou ontem o seu parecer sobre o caso e votou a favor da aceitação da denúncia contra Temer de corrupção passiva. Segundo a Procuradoria-geral da República, Temer foi o destinatário final de uma mala contendo propina de R$ 500 mil e de uma promessa de outros R$ 38 milhões em vantagem indevida, ambas da empresa JBS.

O relatório apresentado é uma das fases do processo para autorizar ou não a abertura de uma ação penal contra o presidente. O texto de Zveiter deverá ser votado pelo 66 membros da CCJ e, depois, por todos os 513 deputados em plenário. Caso o placar final seja favorável à denúncia, o caso é encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal), responsável pelo julgamento. Responsável pela defesa de Temer, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira também se manifestou, procurando desmoralizar a acusação. Na quarta-feira devem ter início as mais de 40 horas de debates de deputados a favor e contra a denúncia.

Repto de Temer

Antonio Cláudio Mariz, advogado do presidente Michel Temer, disse na CCJ da Câmara, que discorda do entendimento do relator Sérgio Zveiter de que a tese da “a dúvida é em favor da sociedade” … E lançou o repto a Rodrigo Janot, Procurador Geral da República: ​” Onde e quando o presidente da República recebeu?”

“É mentira!”

É a pergunta que Antonio Cláudio Mariz faz a Rodrigo Janot. O advogado de Michel Temer diz ser mentirosa a afirmação, que consta na denúncia da PGR, de que o presidente receberia os R$ 500 mil entregues a Rodrigo Rocha Loures.

Temer vai à feira

O governo intensificou a ofensiva para tentar livrar o presidente da República da denúncia. Pressão e negociação nos bastidores geram constrangimentos, como o de trocar membros da CCJ. O PR, do pastor mensaleiro Valdemar da Costa Neto é exemplo emblemático.

PR faz trocas

O PR trocou quatro dos seus cinco titulares na CCJ. O partido só não mexeu em Laerte Bessa, aquele que disse que “seu Janot está com os dias contados”. Assim caminha a humanidade.

 

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