A REALIDADE DA CHAPECOENSE
Desde a noite fatídica, quando morreram diretores, atletas, comissão técnica e funcionários da Chapecoense, junto com muitos jornalistas. O mundo do futebol lamenta e presta homenagens ao simpático clube catarinense. A Chape já correu o mundo jogando, às vezes oficialmente outras, amistosamente, contando sempre com o carinho e a solidariedade dos desportistas. Acontece que o Campeonato Brasileiro tem suas dificuldades, por ser longo, pelo Brasil ter o tamanho de um continente e, especialmente pela qualidade de pelo menos dez participantes. Ou seja, com poucas variações, dez equipes disputam o título, as outras participam na luta para não serem rebaixadas. Pois bem, a Chapecoense, que já liderou o campeonato deste ano, está na zona do risco do rebaixamento. Muitas viagens, muitas competições, muitas homenagens, troca de treinadores, plantel reduzido. Enfim, motivos não faltam para o momento difícil da Chapecoense no Brasileirão. O time mais amado do mundo, nos últimos tempos corre o risco de ser rebaixado. Da lê da lê da lê Chape, antes que seja tarde.
KLEBER
O gladiador coxa-branca retornou no Atletiba e jogou pouco, bem abaixo do esperado. A tempo sem atuar, sem ritmo, sem entrosamento, bem marcado, longe das suas características de lutador, foi presa fácil para a zaga atleticana. Agora vem a notícia, Kleber vai ser julgado novamente, pela quinta comissão disciplinar – a primeira instância do STJD. A causa do novo julgamento: Kleber deu declarações ofensivas ao STJD. Fui ler as declarações. "Enquanto o meu advogado discursava, expondo vários argumentos em minha defesa, os julgadores sem prestar atenção nenhuma, estavam falando no celular ou entre si. Depois do que eu vi, não dá nem vontade de mandar advogado no julgamento". Lendo as palavras de Kleber, lembrei o falecido Dr. Moro, gigante dos tribunais esportivos. "Dizem que sou espalhafatoso no STJD, se não agir assim eles não me escutam". Gente, nunca fui a um julgamento do STJD, baseado nas palavras do Kleber e do Dr. Moro, não vejo motivo algum para punição. Os dois certamente falaram a verdade, e como aprendi desde criança, a verdade dói, porém não merece castigo.
MURICY X SÃO PAULO
Outro dia o ex-técnico Muricy Ramalho, que um dia foi campeoníssimo no São Paulo, disse em um programa de televisão Sport TV na qual é comentarista, que gostaria de ajudar o tricolor paulista, hoje na zona do rebaixamento. Foi o que bastou para a diretoria do São Paulo se reunir e fazer um convite formal ao Muricy, dando a ele inclusive carta branca quanto ao horário da sua participação. Gente, nunca vi nada mais amador e infantil no futebol profissional. Primeiro, futebol é coisa séria, trabalho diário às vezes por mais de 12 horas, para os que comandam. Segundo, o prestígio do Muricy no São Paulo faria dele não um colaborador e sim um técnico. Para Muricy prestar qualquer serviço ao futebol, tem que sair da televisão. Se este serviço for no São Paulo, pela grandeza do clube e situação atual, tem que ser horário integral. Não brinquem com o futebol, como dizia o grande Geraldo Damasceno, a bola pune.
FRASE
"Após assistir a uma peça com boa mensagem, você sai do teatro uma pessoa melhor". Esta frase é do ator, diretor e autor de teatro e televisão Juca de Oliveira, um medalha de ouro da arte.