Os empregados dos Correios que haviam aderido à paralisação parcial aceitaram a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e retornaram ao trabalho na segunda-feira, 9, em clima de normalidade.
REAJUSTE
A proposta apresentada pelo ministro Emmanoel Pereira prevê reajuste de 2,07% (INPC) retroativo ao mês de agosto de 2017, compensação de 64 horas (8 dias) e desconto dos demais dias de ausência, além da manutenção das cláusulas já existentes no ACT 2016/2017. A cláusula 28, que trata do plano de saúde, continua sendo mediada pelo TST.
NORMALIZAÇÃO EM CINCO DIAS
Com o retorno dos trabalhadores, os Correios esperam normalizar a distribuição de objetos postais em um prazo de cinco dias úteis na maior parte das localidades. Para os serviços com hora marcada (SEDEX 10, SEDEX 12, SEDEX Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária), suspensos devido à paralisação parcial, a previsão é que voltem a funcionar até a quarta-feira, 11.
ASSEMBLEIA
Na sexta-feira, 6, em Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Guarapuava, Telêmaco Borba e Paranaguá, os trabalhadores, reunidos em assembleia, entenderam que houve uma grande batalha e decidiram pelo fim da paralisação.
O secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom), Marcos Rogério Inocêncio, explica que a greve teve um saldo positivo. “Fizemos a greve pela manutenção do acordo coletivo, para assegurar os nossos benefícios por dois anos, se não houver uma negociação no ano que vem. A participação dos trabalhadores no movimento grevista fez com que os Correios recuassem no fechamento dos bancos postais, previstos para acabar no mês de outubro. Graças às nossas denúncias, também conseguimos evitar que a população brasileira, que mais necessita desse serviço, fosse prejudicada”, destaca.
Segundo Inocêncio, a luta dos trabalhadores da área não vai parar. “Continuaremos em nossa campanha para que os Correios continuem a ser uma empresa pública, prestando serviço majoritariamente social e que se realizem novos concursos públicos para repor a falta de efetivo”, completa.
Foto: Sintcom/PR