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Festa de Nossa Senhora do Rocio

Lendas relatam o surgimento da imagem do Rocio

Você Sabia?

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Não são raras as imagens da Virgem Maria que aparecem sob águas de mar ou de rios. O mesmo aconteceu com Nossa Senhora do Rocio, devoção tão antiga que se perde no passado e é contada em pelo menos duas lendas. 

PAI BERÊ

A história do Pai Berê diz que à beira da Baía de Paranaguá viviam humildes pescadores que do mar tiravam seu sustento. Certa vez, um deles, que seria índio ou africano, chamado Pai Berê, lançava sua rede e não conseguia recolhê-la com um só peixe que fosse, para mitigar a fome de seus filhos. Desesperado, suplicou aos céus que não o desamparasse e atirou a rede pela última vez. Ao puxá-la, sentiu um peso que o fez acreditar ter apanhado pelo menos um peixe. Espantado, verificou que o recolhido das águas era uma pequena imagem de Nossa Senhora, medindo 20 ou 30 centímetros de altura, coberta de gotículas de água que brilhavam como pérolas. Levou-a para sua humilde choça onde, a partir daquele dia, os demais pescadores reuniram-se para rezar e agradecer, pois passaram a recolher muitos frutos do mar. 

ROSAS-LOUCAS

Menos divulgada, a outra história foi chamada de lenda das Rosas-Loucas. Diz-se que na região onde hoje é o santuário existiam viçosas touceiras de rosas, que floresciam sempre em novembro. Eram chamadas de loucas pela facilidade com que se despetalavam, mesmo com a mais suave brisa vinda do mar. Certa noite, ao largo com suas canoas, os pescadores viram um facho luminoso que, saindo do mar, descrevia uma curva e mergulhava nas moitas das perfumadas rosas. Acreditando num aviso divino que indicasse a existência de algum tesouro enterrado, no dia seguinte foram às moitas das “rosas-loucas”. Lá, encontraram uma pequena imagem de Nossa Senhora, igualmente coberta de gotículas de orvalho.
Embora as duas versões justifiquem o nome Rocio (sinônimo de orvalho) e os títulos Rosa Matutina e Estrela do Mar, com os quais é saudada em ladainhas, algumas fontes de pesquisa – inclusive o mestre Vieira dos Santos – citam ter sido a imagem encontrada na “costeira do Rossio da Vila”.
De acordo com Vieira dos Santos, em 1686 (quando a vila tinha apenas 38 anos de fundação), seus habitantes recorreram “à Virgem do Rocio para que os livrasse da terrível peste que assolava o litoral”. Com base no relato do historiador, o achado da imagem de Nossa Senhora do Rocio antecedeu em algumas décadas o da Virgem Negra de Aparecida (a padroeira do Brasil), no vale do Rio Paraíba, ocorrido em 1717.
 

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