Apesar de ainda não ter registros de incidentes com raios em áreas aquáticas nessa Operação Verão, o alerta para o risco é pertinente para a população neste período. A médica Dra. Lucia Eneida Rodrigues destacou os cuidados para evitar esses tipos de casos e ressaltou que na maioria das vezes o incidente é fatal.
O 8.º Grupamento de Bombeiros que atua no litoral afirmou que o último acidente desta natureza atendido na região foi há três anos.
“A incidência de raios na nossa região é alta. Até pela região de planície litorânea. Mas, casos com vítimas são mais raros. Não me lembro de nenhuma vítima que tenha chegado ao Hospital Regional do Litoral”, disse a Dra. Lucia.
Alguns meios são mais propícios para ocorrer este tipo de incidente. “Locais abertos, principalmente nas praias e regiões descampadas são as mais perigosas. Assim como superfícies planas como espelhos de água, lagoa e baías”, explicou a Dra. Lucia.
Ao perceber que uma pessoa próxima foi atingida, algumas medidas devem ser tomadas.
“Veja se o local está seguro, porque o local é propício a raios. Chame o socorro no 192, porque provavelmente a pessoa está em parada cardiorrespiratória. Se houver risco, acionar o 193 do Corpo de Bombeiros para avaliar a situação. Se houver risco de novas descargas, não se aproxime. Se tiver treinamento, inicie reanimação cardiopulmonar com as compressões cardíacas até a chegada do suporte”, salientou a médica.
A maioria dos casos de pessoas atingidas por raios é fatal. “O raio pode causar arritmia fatal na vítima. Além das lesões por onde a corrente elétrica passar: queimaduras de segundo e terceiro graus, síndromes compartimentais e convulsões. Pode causar edema de glote pela queimadura, causando inicialmente dificuldade e depois parada respiratória e possível óbito”, destacou a médica.
Em área descoberta, a orientação é para sair da água imediatamente, ao ouvir os trovões. Mesmo em piscinas com cobertura, embora raro, é indicado proceder da mesma forma.
Segundo o Simepar, o litoral tem melhores condições para formação de nuvens, o que aumenta a probabilidade de raios. Alguns fatores como umidade, calor e desnível da serra facilitam e intensificam essa formação de nuvens na região.
Foto: Climatempo