O símbolo menos analisado na filosofia maçônica é, sem dúvida, a romã. Colocada sobre o capitel de cada coluna, sempre acima do olhar físico de cada Irmão, ela passa despercebida e, por isso, mais ignorada, porque dá muito trabalho olhar para cima e sondar os mais elevados ideais que a Maçonaria busca. A sua casca, dura e resistente, representa a Loja em si, o templo material que abriga os OObr ∴ reunidos. As sementes representam os Irmãos.
Ora, como se sabe, uma semente não é exatamente igual à outra, em tamanho e formato, mas o paladar de todas é invariavelmente idêntico. Daí já extrai uma lição valiosa: não importa, para quem saboreia a fruta, quais as sementes são pequenas e quais as grandes; importa isso sim, o paladar. Na Loja, temos IIr ∴ de menor porte na vida profana e outros, com maior gabarito social e econômico.
O que, na romã, mantém as sementes unidas?
O bom observador da natureza maravilhosa nota muito bem que é a pele interna, que tem a finalidade de manter unidas as sementes da romã. Essa pele, feita da mesma substancia carnuda e consistente da casca e do miolo representa o selo, ou melhor, o sigilo maçônico.
Rompido esse selo, as sementes ficam expostas ao ataque de pragas, deteriorando-as e estas perdem assim sua finalidade. Igualmente na Loja, todos os nossos assuntos carecem da proteção do sigilo, sob pena de, rompido este, a Loja, que é a romã, vir a sofrer sérias consequências como a perda da coesão, da união que deve reinar em nosso meio em prol o bem comum.
Yassin Taha
Dep.Federal GOB