Meio Ambiente

Em quatro meses, 400 encalhes de tartarugas marinhas foram registrados no litoral

LEC alerta para alto índice e impacto da poluição marinha e outros fatores na vida marinha

1 tartaruga encalhada no litoral do parana

Foram registrados encalhes de tartarugas-cabeçuda (210), tartarugas-verde (163) e tartarugas-oliva (9) entre outubro de 2024 até o fim de janeiro de 2025 (Foto: LEC/UFPR - Divulgação)

Na quinta-feira, 13, o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio  do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), divulgou alerta quanto ao alto índice de encalhes de tartarugas-marinhas no litoral do Paraná. Entre 1.º de outubro de 2024 a 31 de janeiro de 2025, 400 encalhes foram registrados, algo que possui relação direta com a poluição marinha, capturas acidentais por pesca, colisões com embarcação, ingestão de plástico, degradação do habitat natural e mudanças climáticas na região e no meio ambiente. Apenas oito tartarugas que encalharam sobreviveram, segundo o LEC.

Segundo o Laboratório, foram registrados encalhes de tartarugas-cabeçuda (210), tartarugas-verde (163) e tartarugas-oliva (9) entre outubro de 2024 até o fim de janeiro de 2025. “Nos últimos meses, os registros de encalhes de tartarugas marinhas no litoral do Paraná têm chamado a atenção. Entre as espécies afetadas, a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) tem sido a mais impactada. Essa espécie está na Lista de Espécies Ameaçadas do Paraná e do Brasil”, alerta a assessoria.

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Apenas oito tartarugas sobreviveram das 400 que foram encontradas encalhadas na região (Foto: LEC/UFPR – Divulgação)

“Os encalhes podem estar relacionados a impactos humanos, como a poluição marinha, redes de pesca e mudanças no habitat. Cada registro reforça a necessidade de proteger a vida marinha e adotar práticas mais sustentáveis”, informa o LEC.

De acordo com a assessoria, em outubro de 2024 foram registrados 140 encalhes, 140 em novembro de 2024, 64 em dezembro de 2024 e 75 em janeiro de 2025. O LEC afirma que a população pode ajudar de várias formas para sanar o problema. “Reduza o consumo de plástico e descarte resíduos corretamente. Respeite as áreas de preservação marinha. Apoie e divulgue projetos de conservação”, detalha.

“Se encontrar uma tartaruga encalhada, acione o PMP-BS pelo telefone 0800 642 3341. Juntos, podemos preservar o oceano e a incrível biodiversidade que ele abriga”, finaliza o LEC.

Com informações do LEC/PMP-BS

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Leonardo Quintana Bernardi

Jornalista graduado pela PUC-PR com atuação desde 2012 no jornalismo impresso, online e em audiovisual, bem como em assessoria de comunicação. Já trabalhou em órgãos públicos, jornais locais, freelances em veículos de alcance nacional e desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2017. Defensor do jornalismo como meio de transformação social.