Na quarta-feira, 8, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou um novo perfil epidemiológico sobre a situação da coqueluche em todo o estado e no litoral do Paraná, apresentando dados sobre o número de casos confirmados e óbitos, além do avanço da doença.
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De acordo com os dados técnicos, o litoral paranaense registrou 51 casos de infecção neste período de monitoramento da coqueluche, que iniciou em julho de 2024. Quatro cidades que integram a 1.ª Regional de Saúde confirmaram ocorrências: Paranaguá, Guaraqueçaba, Guaratuba e Matinhos.
Os principais fatores de risco para coqueluche têm relação direta com a falta de vacinação. “Nas crianças a imunidade à doença é adquirida quando elas tomam as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Pode ser que o adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, fique suscetível novamente à doença porque a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo”, explicou a Sesa.
CASOS DE COQUELUCHE NO LITORAL DO PARANÁ
O litoral do Paraná registra, atualmente, 51 casos confirmados da doença. Dentre os municípios afetados, Paranaguá concentra a maior parte dos casos, com 42 ocorrências. Em seguida, aparecem Guaratuba com quatro casos, Matinhos três infectados, enquanto Guaraqueçaba registra dois casos.
A coqueluche, uma doença infecciosa altamente contagiosa, atinge especialmente crianças e lactentes com até seis meses de idade, tornando a imunização essencial nos primeiros meses de vida. Reconhecida por seus episódios de tosse intensa, a enfermidade pode levar a complicações graves, sobretudo nos mais vulneráveis.
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O imunizante contra a coqueluche está incluído no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e é disponibilizado gratuitamente nos postos de saúde. Essa medida tem sido fundamental para o controle da doença no Brasil, garantindo maior proteção à população infantil.
Especialistas reforçam a importância de os pais e responsáveis seguirem o calendário vacinal. Além de proteger os bebês, a vacinação contribui para a redução da circulação da bactéria causadora da coqueluche.
COQUELUCHE NO PARANÁ
Os casos de coqueluche no Paraná continuam a crescer, totalizando 2.466 registros neste ano, além de três óbitos confirmados nas cidades de Curitiba (2) e Londrina (1). Outros quatro óbitos seguem em investigação, envolvendo pacientes de São José dos Pinhais, Quitandinha, Umuarama e Tamarana.
A faixa etária mais atingida pela doença é de adolescentes entre 12 e 19 anos, seguida pelo grupo de 30 a 49 anos. O público feminino concentra a maioria dos casos confirmados, com 1.358 infectadas, enquanto o masculino registra 1.108 ocorrências.
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Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, o estado vinha apresentando uma queda nos casos de coqueluche nos últimos anos. Em 2019, foram registrados 101 casos; em 2020, o número caiu para 26; em 2021, para nove; e em 2022, apenas cinco. Contudo, em 2023, os casos voltaram a subir significativamente, chegando a 17 no início do ano e ultrapassando dois mil até o momento.
A situação reforça a necessidade de intensificar as ações de vigilância epidemiológica e promover estratégias eficazes de prevenção, com destaque para a vacinação.
O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
Com informações da Sesa-PR