A Itaipu Binacional teve participação de destaque no 9.º Simpósio Internacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, no 14.º Workshop Internacional de Hidrologia Estatística e no 1.º Encontro Brasileiro de Hidrologia Estatística, que ocorreram de 4 a 7 de novembro, em Florianópolis (SC).
Os três eventos, promovidos pela Associação Internacional de Ciências Hidrológicas (IAHS), em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro), reuniram diferentes setores da sociedade e renomados pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
Nos encontros, o engenheiro ambiental Daniel Bartiko, da Divisão de Reservatório da Itaipu, representando o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, reforçou a importância do papel da Binacional como uma das maiores geradoras de energia limpa e renovável no planeta. Segundo Bartiko, esse feito passa pela gestão integrada de recursos hídricos transfronteiriços da bacia do Rio Paraná, entre Brasil e Paraguai.
“Por meio do [programa] Itaipu Mais que Energia, a Binacional investe em projetos socioambientais que promovem segurança hídrica e energética, que, por sua vez, contribuem para o alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS).”
Para o presidente da comissão local organizadora do evento, Pedro Chaffe, ter a participação da Itaipu na conferência é fundamental por promover a conexão entre o setor produtivo e a comunidade científica. “Essa é a peça fundamental para acelerarmos a coprodução de conhecimento científico e promover soluções de segurança hídrica e energética para toda a sociedade”, disse.
A presidente da IAHS, Berit Arheimer, destacou a iniciativa da instituição conhecida como Década Científica HELPING (Hydrology Engaging Local People IN one Global world), que tem como objetivo unir a comunidade em busca de soluções para os desafios na área de gestão de recursos hídricos, considerando diferentes cenários, como o de mudanças climática alertado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
De acordo com Arheimer, a gestão de recursos hídricos passa por três grandes desafios: o excesso (as cheias), a escassez (as secas) e a poluição das águas.
Para Mariana Werlang, da Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos da Itaipu, o evento tratou de temas bastante relevantes, especialmente no que se refere aos impactos das mudanças climáticas na frequência de ocorrência de eventos extemos (secas e cheias) e os desafios para a gestão dos recursos hídricos frente a isso. “Trouxe ainda a importância do monitoramento e das previsões climáticas e hidrológicas para uma gestão mais eficaz desses recursos e para a garantia da segurança hídrica aos usuários da água.”
Resultado de pesquisa desenvolvida no âmbito do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT), o bolsista Felipe Pineroli, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), apresentou o trabalho intitulado “Causas das tendências na qualidade da água do reservatório de Itaipu”. Nele, Pineroli avalia a relação entre variáveis hidrológicas (precipitação e vazão) e a alteração da qualidade da água do reservatório.
A pesquisa tem coautoria de Vinícius Chagas, da UFSC, Daniel Bartiko, Diego Tavares e Jussara de Souza, todos da Itaipu, além de Roseli Benassi (UFABC) e Pedro Chaffe (UFSC).
Também Participaram do evento pela Itaipu, além de Daniel, Mariana Werlang e Tania Aguero, Celso Buglione e Dirceu de Menezes, da Divisão de Reservatório.
Fonte: Itaipu