Ciência e Saúde

Câncer de mama: Tecnologia desenvolvida pela Fiocruz Paraná e startup promete diagnóstico rápido

Projeto inovador recebe apoio do Estado do Paraná e do Sebrae

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Pesquisa elaborada pela instituição, em parceria com Hyla Biotech, é capaz de diagnosticar a doença em até 30 minutos (Foto: Raphaella Piovezan/SEI-PR)

Neste mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, a Fiocruz Paraná, por meio do Instituto Carlos Chagas (ICC), em parceria com a startup curitibana Hyla Biotech, apresentou uma inovação promissora, um diagnóstico rápido de câncer de mama, pouco invasivo e de baixo custo para a detecção precoce da doença.

O projeto utiliza um biossensor avançado capaz de identificar a presença ou ausência de tumores em até 30 minutos, com o uso de apenas uma amostra de sangue do paciente.

Coordenado pelo pesquisador Leonardo Foti e pela doutoranda Maria Luiza Ferreira dos Santos, o projeto foi aprovado no programa Paraná Anjo Inovador, iniciativa do Governo do Estado que visa apoiar startups inovadoras. “Investigamos por que, apesar das terapias avançadas, muitas mulheres ainda morrem de câncer de mama. Nosso foco foi criar uma solução que auxilie na detecção precoce”, explicou Maria Luiza.

Câncer de mama

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registrou mais de 18 mil mortes por câncer de mama em 2021, sendo que 41% dos casos foram descobertos já em estágio avançado.

A proposta da nova tecnologia é justamente evitar esses atrasos no diagnóstico, sendo utilizada na triagem inicial em hospitais e unidades de saúde. Após a detecção, as pacientes são encaminhadas para exames mais detalhados e tratamento.

Parcerias e apoio ao desenvolvimento

O projeto da Hyla Biotech recebeu apoio do Governo do Estado, através do Programa Paraná Inovador, da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI).

Segundo Maria Luiza, o apoio do governo foi fundamental para posicionar a Hyla no desenvolvimento do biossensor, formar uma equipe especializada e realizar parcerias estratégicas para os testes clínicos.

Em março de 2024, a startup estava na fase de validação analítica e agora, sete meses depois, conseguiu avanços importantes.

A Hyla Biotech também foi aprovada no programa Catalisa ICT, do Sebrae, que transforma pesquisas acadêmicas em negócios inovadores. Além disso, a startup foi convocada para participar do Deep Tech Summit 2024, um evento que reúne as startups mais inovadoras do Brasil, onde concorrerá ao prêmio de “Startup do Ano”.

Avanços

Entre os avanços mais recentes, a Hyla Biotech submeteu o projeto ao Comitê de Ética do Instituto Fernandes Figueira (IFF), que fornecerá amostras de sangue de pacientes rastreadas por mamografia para a realização dos testes.

A expectativa é que o projeto seja aprovado até dezembro e as amostras comecem a ser testadas em 2025. Além disso, foi firmada uma parceria com o Hospital Nossa Senhora da Conceição, no Rio Grande do Sul, para validar o teste em pacientes reais.

Com essas iniciativas, a Fiocruz Paraná e a Hyla Biotech seguem em busca de transformar o diagnóstico do câncer de mama, oferecendo uma solução acessível e eficiente, que pode salvar milhares de vidas.

Com informações da ICC/Fiocruz Paraná

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Hedran Gebran

Hedran (Guru) Gebran é jornalista e colunista diário do Jornal Folha do Litoral News, onde há mais de 20 anos comanda a Coluna do Guru. Com uma vasta experiência, escreve sobre política, eventos, entretenimento e diversos assuntos de interesse geral, oferecendo aos leitores uma visão única e bem-informada sobre os principais temas que impactam a cidade e a região.