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Meio Ambiente

Trabalhadores portuários no Paraná têm regras de segurança para eventos climáticos

Medidas visam prepará-los para situações envolvendo vendavais, ciclones, tornados e tempestades

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Os trabalhadores portuários de Paranaguá e Antonina têm regras de segurança definidas para eventos climáticos extremos. Essa é a primeira vez que a empresa pública criou um padrão mínimo que deve ser seguido pelas empresas que atuam nos portos paranaenses.

As medidas de prevenção visam preparar os trabalhadores para situações envolvendo vendavais (tempestade local com ventos fortes), ciclones (ventos costeiros) tornados, tempestades de raios ou granizo.

Eventos como rajadas de vento superiores a 50km/h e situações com raios próximos até 15 km de distância acendem o sinal vermelho de riscos aos trabalhadores portuários. Diante dessas condições, as operações e serviços portuários precisam ser interrompidos temporariamente. 

A bióloga na Portos do Paraná, Andrea Almeida Lopes de Deus, explicou que as medidas fazem parte do plano de ação de emergência, atende ao licenciamento ambiental e também a uma norma regulamentadora do Ministério do Trabalho. 

“Esse procedimento acabou de ser revisado, baseado em média de questões de ventos na região dos portos do Paraná. Foi feita uma reunião com os operadores portuários e terminais portuários que fazem parte do plano de ajuda mútua, que são os interessados, e que terão que gerir a paralisação de suas atividades em casos que cheguem nesse nível perante o procedimento”, afirmou Andrea.

Foi realizada uma consulta pública com os operadores através do grupo de trabalho de gestão de riscos, que faz parte da diretoria de Meio Ambiente da Portos do Paraná e, posteriormente, divulgada a toda a comunidade portuária.

“Temos um trabalho de educação ambiental com os trabalhadores que inclui educação para gestão de riscos. Essa divulgação é feita através de matérias no site, redes sociais e também diálogos diretamente com os trabalhadores na faixa portuária”, explicou Andrea.

O procedimento precisou ser atualizado para garantir a segurança da atividade portuária, seja ambiental ou dos trabalhadores.

“As questões de mudanças climáticas estão aumentando em frequência e intensidade com eventos adversos. Os ventos podem causar muitas inseguranças aos trabalhadores portuários e também às próprias medidas de proteção ao meio ambiente, para mitigar impactos ambientais como posição de lonas para evitar que granéis caiam na água”, afirmou Andrea.

Os principais riscos desses eventos mais extremos são acidentes com pessoas e veículos, além da possibilidade de danificar cargas e equipamentos. 

regras de segurança
Em conjunto com os operadores portuários, foi criado um padrão mínimo de segurança. Foto: Reprodução

“É importante estarmos alinhados com os operadores em um plano de ajuda mútua, para saber quando a gente passa a entrar em um estado de alerta. A operação portuária é complexa, há diversos equipamentos funcionando. Fizemos todo um estudo com as médias de ventos que ocorreram, considerando o ciclone bomba que ocorreu, o evento mais extremo no período estudado, para tirar os valores hoje considerados para entrar em estado de alerta”, ressaltou Andrea.

Monitoramento

A partir de avisos de mau tempo, todos os usuários dos portos devem estar atentos à previsão e ao monitoramento meteorológico. Os trabalhadores conseguem monitorar dados climáticos em tempo real e adotar as medidas preventivas sempre que necessário.

“É importante que a comunidade portuária leia o procedimento e fique atenta às previsões do tempo, a gente disponibiliza o acesso na estação meteorológica para a tomada de medidas preventivas antes que ocorra o evento extremo”, finalizou a bióloga.

Regras mais restritas

O único local do porto em que a regra é ainda mais restritiva é o Píer Público de Granéis Líquidos (PPGL), utilizado para movimentação de derivados de petróleo, óleos vegetais dentre outros líquidos a granel. Devido ao risco de acidente nos sistemas de conexão entre o píer e os navios, o limite máximo é de 37 km/h. Se esses limites forem superados, a operação deve ser temporariamente paralisada para a segurança de todos.

O material completo está disponível no link: https://www.portosdoparana.pr.gov.br/sites/portos/arquivos_restritos/files/documento/2024-06/po-appa-pae_pce-001_-_prevencao_controle_condicoes_adversas_tempo_r01_13062024.pdf 

Com informações da Portos do Paraná

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