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Editorial

Temos a necessidade de separar o joio do trigo na Inteligência de Estado no Brasil

É indispensável dissociar os verdadeiros servidores de Inteligência dos agentes externos que comprometem a integridade da ABIN.

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A quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada ontem, confirma, a vulnerabilidade da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) diante da infiltração de agentes externos. Está claro que esses indivíduos, alheios às carreiras de Inteligência, foram inseridos no órgão para atuar de forma não republicana, comprometendo a integridade da instituição. A imagem da ABIN, um pilar fundamental da nossa Inteligência de Estado, tem sido sistematicamente manchada por esses episódios. Agentes externos chegam ao órgão, tomam ações que violam princípios republicanos e, posteriormente, deixam seus cargos, deixando para trás um legado de danos e desconfiança. Enquanto isso, os servidores orgânicos, que dedicam suas carreiras à proteção e ao fortalecimento do Brasil, carregam os ônus dessas ações. É lamentável que, em um ano em que a ABIN se prepara para celebrar seu 25º aniversário, ainda enfrentemos tais crises.

Esta deveria ser uma ocasião para comemorar os avanços e reafirmar o compromisso com a segurança e a soberania nacional. No entanto, a realidade nos impõe um cenário de contínuos desafios e a urgente necessidade de modernização e fortalecimento da Agência. A sociedade brasileira e seus representantes precisam se debruçar sobre as legislações necessárias para a modernização do órgão. Sem essas reformas, as crises se sucederão, e a presença de atores externos continuará a destruir a imagem e as capacidades do nosso serviço de Inteligência.

Neste momento crítico, é essencial que não desperdicemos mais uma oportunidade para reformar e valorizar os servidores de Inteligência de Estado. A proteção da nossa Democracia e a eficácia das nossas ações de Inteligência dependem disso. Esperamos que os responsáveis pelos desvios recentes sejam responsabilizados e que possamos, finalmente, avançar em direção a um futuro onde a ABIN seja cada vez mais respeitada e eficiente, alinhada com os valores republicanos que são a base da nossa nação. Neste contexto, é imprescindível separar o joio do trigo. Precisamos identificar os culpados e os fatos dos agentes externos que prejudicam a ABIN e, ao mesmo tempo, valorizar os servidores dedicados que trabalham incansavelmente em prol da segurança nacional.

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