conecte-se conosco

Porto de Paranaguá - 89 anos

MOEGÃO: Maior obra pública portuária do país aumentará descarga de vagões que chegam ao porto

Obra está orçada em R$ 592 milhões e será custeada pela Portos do Paraná

Publicado

em

Foto: Claudio Neves / Portos do Paraná

A nova moega ferroviária será instalada em uma área de quase 600 mil e vai centralizar a descarga dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá

A obra do Moegão é considerada a maior obra pública portuária do país e será realizada em Paranaguá. Ela contará com três linhas diferentes, com capacidade de movimentar cerca de duas mil toneladas por hora cada uma. Para isso, será construída uma nova pêra ferroviária de acesso, um pátio em formato circular que possibilita o transporte da carga sem a necessidade de desmembramento do trem.

Para entender melhor, a carga que sai dos vagões cai em um funil no subsolo e segue através de uma correia transportadora até uma torre de elevadores de canecas, de onde é levada às linhas de correias aéreas. Os grãos serão direcionados pelas correias transportadoras dos eixos Norte e Sul para os terminais, e de lá serão enviados para carregar os navios no Corredor Leste de Exportação, que contará com um píer em T, O que dará mais agilidade ao carregamento.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, ressaltou que o projeto do Moegão é a maior intervenção portuária em desenvolvimento no Brasil, sendo orçada em R$ 592 milhões e que será custeada pela Portos do Paraná. A nova moega ferroviária será instalada em uma área de quase 600 mil e vai centralizar a descarga dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá.

Os granéis sólidos vindos pela ferrovia serão descarregados no Moegão e enviados aos 11 terminais interligados do Corredor Leste. (Foto: Rodrigo Félix Leal / SEIL)

“Com o Moegão será possível realizar o descarregamento simultâneo de 180 vagões em três linhas independentes, o que permitirá um aumento de 63% na capacidade de descarregamento, passando de 550 para 900 vagões ao dia”, explicou Garcia. A ordem de serviço para o início da obra já foi assinada e após sua conclusão o ganho será de 63% na capacidade de desembarque de cargas.

A nova moega gigante será destinada para a descarga de vagões que chegam ao porto com granéis sólidos, como soja, milho e farelo. “No panorama atual, apenas 15% das cargas que chegam a Paranaguá são transportadas por trilhos. Com o Moegão, a possibilidade é de aumento imediato da recepção de mais vagões com um processo mais rápido e ágil. A expectativa é aumentar o recebimento por trens para 50% das cargas nos próximos anos”, ressaltou o diretor-presidente.

Foto: Arquivo / AEN

Para 2024, a expectativa da administração da Portos do Paraná é de seguir com movimento de alta. Para isto, nos próximos meses será iniciada a construção desta importante obra.  “Esses investimentos impulsionam o agronegócio porque criam um ambiente de crescimento. Estradas mais seguras e rotas alternativas garantem aumento de competitividade. É o que estamos buscando”, afirmou o governador Ratinho Júnior.

Com área total de quase 600 mil metros quadrados, o Moegão terá capacidade para descarregar os vagões, em três linhas independentes. Os granéis sólidos vindos pela ferrovia serão descarregados no Moegão e enviados aos 11 terminais interligados do Corredor Leste. “A ampliação da infraestrutura para o acesso portuário é fundamental para que possamos atingir o novo objetivo, que é chegarmos em 90 milhões de toneladas movimentadas, e para isso estamos preparando todos os modais com o novo Moegão, que é a maior obra portuária do Brasil, além das novas concessões rodoviárias”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

De acordo com o projeto executivo do Novo Moegão, um benefício direto acontecerá no trânsito da cidade de Paranaguá, com a redução de 16 para cinco cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas, além do fim das manobras dos trens que ocorriam nestes trechos. A medida deve garantir menos filas de espera de motoristas, e também menos riscos de acidentes. 

Foto: Rodrigo Félix Leal / SEIL

Na avaliação do diretor Empresarial da Portos do Paraná, André Pioli, o aumento de produtividade se refletirá também no desenvolvimento local. “Hoje, a mobilidade urbana é muito atrapalhada pelos trens que entram em conjuntos de até cem vagões e mesmo assim precisam ser desmontados. E a cada desmonte são necessárias muitas manobras férreas. Na nova composição, os trens entram, descarregam e saem da cidade fazendo com que esse giro possa aumentar muito a produtividade do porto, o que deve gerar mais empregos e o aumento da renda da população”, afirmou.

Com informações da Portos do Paraná

Em alta

plugins premium WordPress